O treinador também definiu Casemiro como capitão.
Por Estadão
À espera de Neymar, que não participará do último treino nesta quinta-feira por conta de dores na região lombar, o técnico Tite confirmou quase toda a escalação da seleção brasileira para a estreia nas Eliminatórias diante da Bolívia, nesta sexta-feira, às 21h30, na Neo Química Arena, em São Paulo. O treinador também definiu Casemiro como capitão. “Sem o Daniel Alves, não temos uma determinação. Então para amanhã vai ser o Casemiro, que é uma das lideranças que a gente tem”, justificou.
Tite definiu que Weverton será o titular no gol e revelou que Douglas Luiz ganhou a disputa com Bruno Guimarães para atuar no meio de campo ao lado de Casemiro. A única dúvida, portanto, é a presença ou não de Neymar. Caso o craque do Paris Saint-Germain não se recupere das dores na região lombar – ele passará a tarde fazendo fisioterapia – o comandante confirmou que seu substituto será Everton Ribeiro.
“Weverton é o goleiro, isso já está definido. Temos três grandes goleiros. O Ederson é um grande goleiro. O Weverton fez uma grande sequência em alto nível, que o credenciou. Douglas Luiz já está definido. E a outra, a substituição do Everton Ribeiro (no lugar do Neymar) é uma possibilidade. Temos que aguardar. Não tendo (o Neymar), vai ser o Everton Ribeiro”, revelou Tite em entrevista coletiva nesta quinta-feira, no hotel Marriott, em Guarulhos, onde o grupo está concentrado.
Também presente na coletiva, César Sampaio, auxiliar técnico da equipe, explicou a opção por Douglas Luiz em vez de Bruno Guimarães pela necessidade de ter um jogador com maior capacidade de proteger o lado esquerdo do campo, setor onde atuam Renan Lodi e Neymar – se puder jogar.
“É harmonizar os setores. Entendemos como o Tite pensa, de dar mais amplitude desse lado com o lateral. Essa organização ofensiva sustentada te dá uma segurança maior. O Douglas fez por merecer. Contra a Coreia do Sul a gente conseguiu já ver essa personalidade em campo”, explicou.
Tite destrinchou um desenho tático para o primeiro jogos nas Eliminatórias e falou especialmente sobre as funções do quarteto ofensivo e o que eles oferecem tática e tecnicamente.
“Everton Ribeiro é um articulador, da construção, um jogador que pensa a última bola, e também um finalizador de média distância. O que o Firmino te traz, estrategicamente? Ele te dá a característica de um jogador mais terminal também, sem tanto a necessidade de construir. Para ter de um lado ou de outro, o Cebolinha te dá amplitude, como extremo, chegando na frente. O Coutinho pode ser por dentro ou por fora, tendo essa função bem exercida. Importante abrir um espaço de criação maior para eles, fazendo com que a bola chegue, vinda dos laterais, dos zagueiros, dos meio-campistas. E aí sim ter a ilusão, a criatividade, o passe cavado, a finalização”, analisou.
O treinador comentou sobre a expectativa em relação ao desempenho do time no início da caminhada rumo à Copa do Mundo de 2022. Em meio à pandemia de covid-19 e sem público nos estádios, ele fez a ponderação de que é preciso tempo para a equipe voltar a engrenar, mas disse que espera um bom desempenho diante dos bolivianos, no início do novo ciclo com vistas ao Mundial do Catar.
“Quando você inicia um trabalho, e logo em seguida, rapidamente, ele se consolida, é exceção à regra. Não é assim que as coisas funcionam no futebol, em que há a construção de equipe, lançamento de jovens, mesclas, funções definidas, jogadores crescendo nos clubes. Tomara que a gente tenha essa felicidade, mas não é o real. A gente procura equilibrar todos esses fatores. A expectativa é fazer um bom jogo contra a Bolívia, numa situação anormal com a pandemia, e conseguir a vitória.
A delegação da seleção brasileira chegou a São Paulo na noite de quarta-feira e os jogadores fazem a última atividade na tarde de quinta, na Neo Química Arena, estádio do Corinthians e local da partida contra a seleção da Bolívia.