Fogo avança sobre lavouras e pode pressionar preços

CORUMBA,MS – 2/12/2020 – O Pantanal após os incêndios: Árvore carbonizada após os incêndios. Área da Reserva Particular do Patrimônio Natural da Serra do Amolar (MS). (FOTO: João Farkas/Divulgação) – Divulgação

Por Folhapress

CURITIBA

Altas temperaturas e falta de chuvas têm elevado o risco de perda de produção agrícola por causa das queimadas, que avançam por diversas regiões do país. Os prejuízos podem pressionar ainda mais os preços dos grãos.

Em Mato Grosso, cerca de 740 mil hectares (quase cinco vezes a cidade de São Paulo) foram tingidos por queimadas de janeiro a julho deste ano, segundo análise do Instituto Centro de Vida (ICV) em dados da Nasa —dois terços dos incêndios ocorreram em imóveis rurais. Em agosto, o sistema BDQueimadas, do Inpe (Instituto Nacional de Pesquisas Espaciais), já contabiliza outros 3.000 focos.

No Paraná, foram 2.179 focos de incêndio de julho a 8 de agosto, mais que o dobro do mesmo período de 2021.

Os prejuízos no campo podem refletir num novo fator de alta do preço do grão. O Imea (Instituto Mato-grossense de Economia Agropecuária) calcula em até R$ 8.500 por hectare o custo para o bolso do produtor de milho caso a safra fique comprometida pelo fogo. Para o algodão, o custo é de até R$ 20,6 mil/ha.

Além da perda da safra, o estudo considera insumos utilizados, reestabelecimento do plantio direto, comprometimento de maquinário e gasto com multas, caso o fogo atinja a reserva legal.

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