Cidade do Rio confirma primeiro caso da variante mu do coronavírus

Nova cepa foi identificada em uma pessoa que viajou ao México

Vista aérea de área do cemitério de Nova Iguaçu dedicado às pessoas que morreram por causa do novo coronavírus. Foto tirada com um drone. Reuters/Pilar Olivares

Por Folhapress

Matheus Rocha

RIO DE JANEIRO

O secretário municipal de Saúde do Rio de Janeiro, Daniel Soranz, confirmou nesta sexta-feira (17) o primeiro caso na cidade da variante mu, mutação do coronavírus identificada inicialmente em janeiro deste ano na Colômbia.

Segundo Soranz, a infecção pela nova cepa ocorreu em uma pessoa que viajou recentemente ao México.

“Não é um caso de transmissão local. Foi diagnosticado, mas a gente não tem nenhuma característica de transmissão local”, disse o secretário durante o lançamento do 37º boletim epidemiológico do Rio​.

Em agosto, a OMS (Organização Mundial da Saúde) classificou a mu como variante de interesse, ou seja, a entidade está monitorando a cepa por identificar nela mutações que podem escapar à proteção conferida pelas vacinas. São necessários, porém, estudos para confirmar isso.

A OMS afirmou também que já foram registrados casos esporádicos na Europa e na América do Sul (para além da Colômbia). A prevalência mundial da cepa, disse a agência, é abaixo de 0,1%, mas tem aumentado na Colômbia e no Equador, representando 39% e 13% dos casos, respectivamente.

Na cidade do Rio, a delta continua sendo a variante prevalente. Após uma escalada no número de casos e de internações em agosto, quando chegou a ser classificada como epicentro da pandemia pelo prefeito Eduardo Paes (PSD), a capital fluminense vive uma queda nos indicadores da doença.

Segundo o último boletim epidemiológico, houve uma redução no atendimento a pacientes com síndrome respiratória aguda grave (SRAG) na rede de urgência e emergência. ​

Na semana passada, também houve uma queda de 47% nas internações no SUS em comparação com três semanas atrás.

“A gente está tendo uma redução muito importante de internações e de casos, o que vai se refletir na redução de óbitos. O nosso panorama epidemiológico é um dos melhores que a gente teve na pandemia”, disse o secretário, acrescentando que, com o avanço da vacinação, a tendência é que os números continuem caindo.

Na cidade do Rio, 61% das pessoas acima dos 18 anos completaram o esquema vacinal (veja como está a campanha contra Covid em outras partes do Brasil).

Na quarta (15), entrou em vigor na capital fluminense o chamado passaporte da vacina, ou seja, a determinação que obriga as pessoas a apresentarem certificado de vacinação para o ingresso em lugares de uso coletivo.​

Já nesta sexta-feira, a prefeitura anunciou que vai liberar eventos em locais abertos com lotação máxima de 500 pessoas. A medida passa a valer a partir da próxima terça-feira (21).

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