Bolsonaro sobre reajustes: deve ser 5% para todos, PRF teria isonomia do topo com agentes da PF

Declarações foram feitas a jornalistas em Brasília na saída de uma Igreja; o presidente é pressionado por policiais a entregar uma reestruturação das carreiras prometida por ele

Jair Bolsonaro; presidente editou decretos autorizando a nomeação de 625 novos policiais federais e a mesma quantidade de policiais rodoviários federais.  Foto: Amanda Perobelli/ Reuters

Por Estadão

BRASÍLIA – O presidente Jair Bolsonaro reiterou nesta quinta-feira, 26, que o governo federal deve conceder um reajuste geral de 5% para todo o funcionalismo público, mas com exceções: a cúpula da Polícia Rodoviária Federal passaria a ter isonomia com o topo dos agentes da Polícia Federal e o Departamento Penitenciário Nacional (Depen) teria um reajuste “um pouco maior”.

As declarações foram feitas a jornalistas em Brasília na saída de uma Igreja. Bolsonaro é pressionado por policiais a entregar uma reestruturação das carreiras prometida por ele.

Segundo o Painel Estatístico de Pessoal, o salário de um agente da PRF vai de R$ 9,9 mil a R$ 16,5 mil, enquanto a remuneração de um agente da PF vai de R$ 12,5 mil até R$ 18,6 mil. Já os agentes do Departamento Penitenciário Nacional ganham entre R$ 5,6 mil a R$ 10,3 mil.

Hoje, Bolsonaro editou dois decretos autorizando a nomeação de 625 novos policiais federais e a mesma quantidade de policiais rodoviários federais. Os decretos foram publicados no Diário Oficial da União (DOU) desta quinta-feira, 26.

Bolsonaro chegou a ligar para o Ministro da Justiça e pedir que fossem convocados mil servidores para cada corporação, mas acabou voltando atrás. “Foi o que deu para fazer”, disse a apoiadores depois, se referindo ao número de 625 para cada força policial.

Originalmente, o Executivo contrataria 500 vagas para cada corporação. O aceno vem em meio a uma crise do governo com os policiais, após Bolsonaro deixar de lado uma promessa de reestruturação e se comprometer apenas com reajuste de 5% para todo o funcionalismo público, o que não atende às demandas da classe, consideradas integrantes da base eleitoral de Bolsonaro. PF e PRF têm organizado manifestações em todo o País para pressionar o presidente a entregar a revisão nas carreiras, mas ainda não obtiveram sucesso.

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