O reitor informou que está difícil de manter os terceirizados
Nataniel Lima
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O corte de R$ 7,7 milhões no orçamento da Universidade Federal do Piauí (Ufpi) tem dificultado a manutenção dos prestadores de serviço na instituição. O Cidadeverde.com conversou com o reitor da Ufpi, professor Gildásio Guedes, que confirmou a informação, mas ressaltou que a previsão é que a instituição consiga encerrar o semestre sem prejuízo para os alunos.
Em maio, a instituição de ensino sofreu um bloqueio orçamentário de R$ 15,5 milhões. E em 4 de julho a Ufpi sofreu um corte em seu orçamento que chega a R$ 7,7 milhões A perda dos recursos é considerada definitiva e compromete o pagamento de despesas, como manutenção, por exemplo.
Diante dessa situação, a Ufpi iniciou um racionamento de gastos para manter as atividades em pleno funcionamento. No entanto, um mês após o corte, as dificuldades começam a surgir e dificultam o trabalho da gestão da universidade.
Se não tivermos cuidado, vamos ter dificuldades em manter os prestadores de serviços. Pessoas que trabalham no dia a dia na burocracia da universidade, na limpeza, vigilância. São todas ações importantíssimas que não podemos deixar de ter. E à medida que vamos cortando um funcionário aqui termina prejudicando as atividades habituais, respondeu o professor Gildásio ao ser questionado sobre as principais dificuldades que surgem neste momento.
Para reverter a situação, o reitor ressalta que tem realizado reuniões com parlamentares a fim de conseguir recursos para manutenção de serviços na instituição. No entanto, nada de concreto foi conquistado ainda. Segundo o reitor, são reuniões que não terão efeito imediato e, provavelmente, somente no próximo ano em se tratando de emendas parlamentares.
Apoio e participação em congressos terminam diminuindo [devido esse corte]. Um apoio a atividades de campo fora do estado do Piauí termina diminuindo. Mas a nossa intenção é que o ensino de graduação, pós-graduação, pesquisa e extensão possa continuar da forma que estamos. É um trabalho muito grande de controle de aplicação de recursos, acrescentou o reitor.
Racionamento de energia
Após o corte, a Ufpi anunciou que racionalizaria o consumo de energia elétrica em todos os campi da instituição de ensino.
Em entrevista ao Cidadeverde, o professor Luís Carlos, pró-reitor de Planejamento da UFPI, afirmou que essa é uma das medidas de austeridade encontradas para a reorganização financeira neste novo contexto orçamentário.
Vamos procurar fazer ajustes como a redução de energia elétrica, que é muito difícil fazer no clima quente e agora que estamos voltando para a presencialidade e teremos o aumento do consumo. Vamos ter que fazer campanhas para racionalizar o consumo de energia, disse o gestor.
De acordo com a UFPI, o corte de verbas correspondem a 7,2% de todo o orçamento que estava previsto para o ano de 2022. Em números totais, o montante equivale ao que se gasta mensalmente para o custeio da instituição.