Veja os dados da mais nova pesquisa do instituto
Estadão
O ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) lidera a corrida pelo Palácio do Planalto com 49% das intenções de voto, ante 44% do presidente Jair Bolsonaro (PL), segundo a pesquisa Datafolha divulgada nesta quinta-feira, 27. É o penúltimo levantamento do instituto antes do segundo turno.
Segundo a amostra, votos em branco ou nulo representam 5%, e indecisos, 2%.
Nos votos válidos, que excluem brancos e nulos, Lula tem 53%, e Bolsonaro, 47%. No levantamento anterior, o ex-presidente tinha 52% ante 48% do chefe do Executivo.
Nos índices de rejeição, o cenário é de estabilidade. Bolsonaro continua liderando, com a reprovação de 50% dos brasileiros, enquanto Lula é preterido por 45%. Em comparação com à amostra semana anterior, o candidato à reeleição tinha o mesmo número enquanto o petista oscilou negativamente um ponto.
O governo Bolsonaro é avaliado como ruim ou péssimo por 39% dos entrevistados. 38% avaliam como ótimo ou bom a 22% classificam a gestão como regular — exatamente o mesmo número da pesquisa anterior.
O presidente está numericamente a frente em dois dos três maiores colégios eleitorais do País: São Paulo (o maior, 49% a 43%) e Rio de Janeiro (o terceiro maior, 51% a 41%). Lula tem a vantagem em Minas Gerais (o segundo maior, 48% a 43%). As margens de erro são de quatro, três e três pontos porcentuais, respectivamente, o que configura empate técnico em Minas Gerais e em São Paulo.
Contratada pela Folha de S.Paulo e pela TV Globo, a pesquisa divulgada nesta quarta-feira foi realizada entre 25 e 27 de outubro e entrevistou 4.580 eleitores presencialmente em 252 cidades. O levantamento está registrado no Tribunal Superior Eleitoral (TSE) sob o número BR-04208/2022. A margem de erro é dois pontos para mais ou para menos.
Pesquisas eleitorais
No primeiro turno, Lula obteve 57,2 milhões de votos válidos, ou 48,43% do contabilizado pela Justiça Eleitoral. Bolsonaro, candidato à reeleição, recebeu 51 milhões de votos, ou 43,20% do total. Os números foram divergentes com os dados divulgados na véspera do primeiro turno por parte de pesquisas.
“A gente não pode dizer que houve erro. A pesquisa não prevê acertar resultados, não é prognóstico”, disse a diretora do Datafolha, Luciana Chong, em entrevista à GloboNews, um dia depois da realização do primeiro turno.
Após a eleição do dia 2 de outubro, o ministro da Justiça, Anderson Torres, pediu à Polícia Federal para que investigue os institutos de pesquisa. No dia 6, o senador Marcos do Val (Podemos-ES) apresentou pedido de criação de uma Comissão Parlamentar de Inquérito (CPI) para investigar os institutos de pesquisa de intenção de voto.
Na quinta-feira, 14, o presidente do Conselho Administrativo de Defesa Econômica (Cade), Alexandre Cordeiro, determinou a abertura de um inquérito para investigar as empresas Datafolha, Ipec e Ipespe, sob o argumento de haver indícios de que os institutos de pesquisa atuaram “na forma de cartel” para “manipular” as eleições, cometendo o mesmo erro sobre o resultado da votação do último dia 2 para escolher quem vai comandar o País nos próximos quatro anos, a partir de 2023.
O presidente do Tribunal Superior Eleitoral (TSE), ministro Alexandre de Moraes, suspendeu as investigações abertas. Moraes pediu para a Corregedoria-Geral Eleitoral e a Procuradoria-Geral Eleitoral investigarem se houve abuso de autoridade e de poder para favorecer candidatura do presidente Jair Bolsonaro.