Haddad diz que recurso do orçamento secreto continuará sob controle do Congresso

Futuro ministro da Fazenda afirma que irá conversar com parlamentares sobre o que fazer com as emendas do relator

O futuro ministro da Fazenda, Fernando Haddad, durante entrevista coletiva realizada na tarde desta segunda-feira, 19, no Centro Cultural do Banco do Brasil (CCBB), sede do governo de transição. Foto: Wilton Junior/Estadão

Estadão

BRASÍLIA – Após uma reunião com o presidente da Câmara, Arthur Lira (PP), o futuro ministro da Fazenda do governo de Luiz Inácio Lula da Silva, Fernando Haddad, disse esperar que a votação da PEC da Transição ocorra em plenário nesta terça-feira, 20.

Ao voltar para o hotel onde ele e Lula estão hospedados, em Brasília, Haddad disse ainda que os parlamentares continuarão com o poder de destinação sobre o orçamento secreto, dispositivo que o Supremo Tribunal Federal declarou inconstitucional nesta segunda e, portanto, deverá ser modificado.

O ministro não disse se discutiu algum novo formato para o mecanismo – que funcionou como compra de apoio político no governo de Jair Bolsonaro e que foi criticado pela campanha eleitoral petista.

“O recurso vai continuar no orçamento e vai ser destinado pelos próprios parlamentares”, disse.

Haddad afirmou que acordos seguem sendo costurados durante toda a noite e que vai “explicar os conceitos por trás da PEC” aos lideres partidários.

“Amanhã vamos falar com os líderes, explicar os conceitos por trás da PEC e o que vamos fazer com o RP 9 (nome técnico do orçamento secreto). O recurso vai continuar no orçamento… e definir a destinação desse recurso para melhorar as obras de infraestrutura, concluir obras paradas, definir a destinação desse recurso”, declarou.

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