Temperaturas congelantes causaram pelo menos 50 mortes em todo o país
Estadão
NOVA YORK – A tempestade de inverno Elliot, que atingiu os EUA no final de semana e continua trazendo temperaturas congelantes, matou 27 pessoas no noroeste do Estado de Nova York, elevando para 50 o número de mortos em todo o país.
As últimas vítimas foram encontradas mortas na rua, em veículos ou em residências. A polícia de Buffalo emitiu um novo comunicado nesta segunda-feira, 26, alertando para a manutenção da dirigir, em razão de más condições das estradas, baixas temperaturas e pouca visibilidade. O aeroporto da cidade também permanece fechado. No domingo, a governadora de Nova York, Kathy Hochul, relatou a morte de 12 pessoas e garantiu que operações de resgate seguiam em curso.
Viagens proibidas
As autoridades proibiram viagens por estrada em seis condados do noroeste (Erie, Niágara, Chautauqua, Orleans, Jefferson e St. Lawrence) desde o final de semana. As temperaturas permaneciam congelantes nesta segunda-feira, 26, em grande parte do leste dos EUA, após a passagem de Elliot.
O Serviço Nacional de Meteorologia (NWS) alertou em um comunicado que em algumas áreas ainda é perigoso viajar em estradas, mas previu que as condições melhorarão em alguns dias. O sistema elétrico continua sendo restaurado após o impacto da neve e dos ventos intensos.
Cerca de 100 mil casas e empresas ainda estavam no escuro nesta segunda-feira, principalmente nos Estados de Maine e Nova York, segundo rastreamento do portal Power Outage. Durante a passagem de Elliot, uma tempestade causada por uma frente aérea ártica, quase 1,7 milhão de usuários ficaram sem energia.
Mais de 200 milhões de americanos, cerca de 60% da população, enfrentaram algum tipo de alerta ou advertência relacionada com o clima invernal, com temperaturas caindo drasticamente abaixo do normal desde o leste das Montanhas Rochosas até os Apalaches.
A cidade de Nova York experimentou uma temperatura mínima de -10,5 °C no dia de Natal, algo não visto desde 1872. Washington estava com -10 °C, no Natal mais frio desde 1983. EFE