Alvinegro pode empatar novamente no jogo de volta que conseguirá lugar na decisão
O GLOBO
Antes de mais nada, é preciso dizer: não é fácil para o Botafogo jogar a Taça Rio. São quatro partidas que valem um troféu de consolação e uma vaga na Copa do Brasil que fatalmente deve cair no colo do alvinegro ao fim da temporada. Seja por mérito próprio, caso a equipe conquiste uma vaga na Libertadores do ano que vem via Campeonato Brasileiro, seja de graça, basta que apenas um rival de Flamengo, Fluminense e Vasco chegue à competição sul-americana.
Ressalva feita, não surpreendeu em nada que o jogo entre Botafogo e Portuguesa tenha terminado em 0 a 0, no Luso-Brasileiro, o primeiro duelo da semifinal. Tirando os últimos 15, dez minutos, quando acordou como se tivesse se curado de uma ressaca, o alvinegro foi uma equipe morosa, com nível de interesse abaixo do normal, em uma partida valendo três pontos.
Nesse curto período de sangue nas veias, coração pulsante, acertou duas bolas na trave da Portuguesa. Lembrou um pouco a equipe que aplicou 7 a 1 no Brasiliense, pela Copa do Brasil.
A partida de volta será dia 27, no Raulino de Oliveira. Como fez melhor campanha na Taça Guanabara, o time treinado por Luis Castro terá a vantagem do empate. Caso se classifique para a decisão da Taça Rio, enfrentará o vencedor do confronto da outra semifinal, entre Nova Iguaçu e Audax.
O curioso é que, nestes casos em que uma equipe é obrigada a jogar uma partida muito pouco atraente, geralmente os treinadores aproveitam o jogo para aprimoramentos. Seja de uma base já montada, buscando aumentar o entrosamento, o repertório de jogadas, seja na experimentação de novos jogadores. O Botafogo não teve uma coisa nem outra. Levou força máxima, mas conduziu o jogo na maior parte do tempo de maneira arrastada que fica difícil para o treinador tirar alguma lição do confronto.