Até o momento, mais de mil pessoas morreram e 4.500 ficaram feridas no conflito, iniciado no sábado
O GLOBO
Fontes da administração do governo dos Estados Unidos afirmaram que Israel planeja lançar um ataque terrestre na Faixa de Gaza nos próximos dois dias, em sua contraofensiva após as ações terroristas do grupo extremista armado Hamas, informou o jornal americano Washington Post. Até o momento, mais de mil pessoas morreram e 4.500 ficaram feridas no conflito, iniciado no sábado.
O ataque terrestre, marítimo e aéreo a Israel lançado por combatentes do Hamas — a invasão mais ampla em 50 anos — levou as Forças Armadas israelenses a responder com ataques pesados às cidades de Gaza, que continuaram neste domingo. Cerca de 800 alvos foram destruídos na região, com centenas de combatentes mortos e milhares de feridos.
No total, ao menos 413 palestinos foram mortos desde o início do conflito, incluindo 78 crianças, e 2.300 outros ficaram feridos, segundo o Ministério da Saúde palestino em Gaza. Do outro lado, o levantamento mais recente aponta que há mais de 700 mortos e 2.243 feridos em Israel.
Tensão internacional
O Conselho de Segurança da ONU, atualmente presidido pelo Brasil, discutiu a crise neste domingo, e vários membros denunciaram o ataque do Hamas, enquanto os Estados Unidos lamentaram a falta de unanimidade.
Diplomatas relataram que o Conselho não considerou emitir uma declaração conjunta, muito menos uma resolução vinculante. Outros membros, liderados pela Rússia, esperavam uma abordagem mais ampla que incluísse a condenação ao Hamas.
O ataque do Hamas foi condenado pelo Brasil, Estados Unidos e diversos países europeus e latino-americanos.
Enquanto isso, Washington começou neste domingo a enviar ajuda militar adicional a Israel e a aproximar sua força naval do Mediterrâneo oriental, indicou o secretário de Defesa dos EUA, Lloyd Austin, em um comunicado. Após o anúncio, o Hamas equiparou a ajuda militar americana a uma “agressão” contra os palestinos.
“O anúncio dos EUA de que fornecerá um porta-aviões para apoiar a ocupação [de Israel] implica uma participação real na agressão contra nosso povo”, disse em um comunicado.