Mandu Ladino era um grande líder indígena, possuidor de muitas terras que era dividida com o português Antônio da Cunha Souto Maior, dono de umas das Capitanias Hereditárias dividida pelo Rei de Portugal Algarves
A partir do século XVIII o processo de colonização do atual Piauí, em função principalmente da fundação de fazendas para a criação de gado, foi marcado por diversos conflitos entre fazendeiros-exploradores e os nativos que habitavam a região. Dentre os principais personagens deste conflito foram, o líder e possuidor das terras Mandu Ladino e o administrador da Capitania Hereditária e Governador-Geral do Piauí. Antônio da Cunha Souto Maior. Antes da chegada do colonizador, a região onde posteriormente seria fundada a capitania de São José do Piauí, já era habitada por diferentes nações indígenas: Tremembés que viviam no litoral e região do Delta do Parnaíba; Guerguês, Acroás, Timbiras, Jaicós, Tabajaras e Pimenteiras. Esses povos viviam organizados, social e culturalmente, em aldeias pelos vales férteis dos rios e lagoas da bacia hidrográfica parnaibana e piauiense.
Com a expansão das fazendas e com a ação da Companhia de Jesus e a administração dos chamados aldeamentos, por Antônio da Cunha Souto Maior ocorreu a progressiva destruição dessas aldeias, com o constante deslocamento de tribos, e consequente processo de degradação das expressões culturais nativas.
Diante de uma longa trajetória de conflitos, podemos destacar a figura do índio Mandu Ladino que, ao lado de outros indígenas, resistiu à dominação dos colonos, entre o período de 1712 a 1719. A conhecida revolta de Mandu Ladino seria assim resultado de resistência indígena contra a destruição de suas terras, modos de vida e cultura, possuindo, entre seus marcos a morte do fazendero e português Antônio da Cunha Souto Maior. Dono da Capitania Hereditária do Piauí
Edição: Marcos Ranyere Portela da Cunha |PHBWebCidade (Pedagoga, Historiador e Edirtor de Textos)