A família Dias da Silva, dominaram o charque em Parnaíba e em toda a província do Piauí depois da morte do português e Governador Geral Antônio da Cunha Souto Maior
Da segunda metade do século XVII até o início do século XIX, a base da economia de Parnaíba e de todo o Piauí era a pecuária extensiva com a criação de gado, aliada com a agricultura de subsistência.
Com a morte do Governador Geral da província do Grão Pará (Piauí, Maranhão e Ceará), o Antônio da Cunha Souto Maior pelo o líder indígena Mandu Ladino, Parnaíba passa a ser governada por João Peulo Diniz e Domingos Dias da Silva o pai de Simplício Dias da Silva. As terras que até então era dominada por Portugal, chegou ao fim, dando a margem para os grandes fazendeiros da época, que dominaram a região até a vinda da família real D. João VI ao Brasil. Isso em 1808
Com a morte do Antônio da Cunha Souto Maior, o enfraquecimento da pecuária, começou a declinar a partir do século XVIII, ou seja, a desvalorização do gado vivo começou a cair. Então João Paulo Diniz e Domingos Dias da Silva e seu filho, começaram utilizar o aproveitamento da carne e do couro que passou a ser o ponto chave da economia. Documentos de sesmarias datados do período de 1725 a 1764, mencionam a existência de charqueadas, assim como a de curtume e comércio de sal no litoral piauiense.
A indústria do charque consistia no abate do gado e beneficiamento de sua carne, usando salmoura concentrada ou sal seco, secagem ao vento e ao sol e, posterior, prensagem. Ao alvorecer do século XIX, essa atividade atribui maior relevo a economia parnaibana e piauiense, devido, sobretudo, ao intenso comércio marítimo com os portos do Pará (PA), Bahia (BA) e Rio de Janeiro (RJ). Dos charqueadores mais conhecidos por fontes históricas e estudos historiográficos destacam-se João Paulo Diniz e, posteriormente, Domingos Dias da Silva e seu filho, Simplício Dias da Silva, que teriam liderado no litoral piauiense o desenvolvimento da indústria da carne, com oficinas charqueadoras e estaleiros as margens do Rio Parnaíba.
Edição: Marcos Ranyere Portela da Cunha |PHBWebCidade (Pedagogo, cursando História e Edirtor de Jornais Diários)