A vila veio a se tornar a maior cidade do Piauí em termos de exportação de carne e mercadorias monoculturas.
Semelhante a outras cidades piauienses, Parnaíba se desenvolvera em função das atividades do comércio. Sua estrutura e organização econômica datam do final do século XVII, com a fundação de fazendas com a criação de gado. Na localidade denominada Porto das Barcas, às margens do Rio Igaraçu, um dos afluentes do Rio Parnaíba, funcionavam, desde 1758, charqueadas que produziam e comercializavam carne e couro com outros estados brasileiros, além de exportar para outros países europeus.
Em 1762, em obediência a Carta Régia de 1761, é fundada por João Pereira Caldas, governador da Capitania de São João do Piauí, a vila de São João da Parnaíba.
Com a saída de João Pereira Caldas, a vila, inicialmente implantada no pequeno lugarejo de 04 fogos denominados de Testa Branca é transferida, em 1770, pelo o novo governador da Capitania, Gonçalo Lourenço Botelho de Castro, para a localidade Porto das Barcas. Apesar de considerada insalubre pela as atividades que ali se desenvolviam, como o abate de animais ao ar livre, as margens do rio Porto das Barcas, foi identificado como economicamente promissora devido a sua localização geográfica com a saída para o oceano atlântico, pela a existência de uma estrutura urbana já consolidada com alguns estabelecimentos comerciais, armazéns e instalações fabris de beneficiamento de couro e manufatura. Em decorrência do desenvolvimento que apresentava, a vila de São João da Parnaíba foi elevada a condição de cidade pela Lei Provincial n° 166, no dia 14 de agosto de 1844, vindo, posteriormente, considerar-se como um dos principais entrepostos comerciais do Piauí.
Edição: Marcos Ranyere Portela da Cunha |PHBWebCidade