Aposentadorias e pensões do INSS terão teto de R$ 7.087, confirma governo

Portaria publicada nesta quinta-feira também determina que salário de benefício e o salário de contribuição não poderão ser inferiores a R$ 1.212,00

Uma das unidades do INSS em São Paulo; piso do INSS é de R$ 1.212,00 e teto é de R$ 7.087,22 Foto: Werther Santana/Estadão

Por Estadão

BRASÍLIA – O Diário Oficial da União (DOU) desta quinta-feira, 20, confirma que o valor máximo de aposentadorias e pensões pagas pelo Instituto Nacional do Seguro Social (INSS) vai subir de R$ 6.433,57 para R$ 7.087,22 em 2022. Este também será o valor de referência máximo para calcular as contribuições à Previdência Social.

“A partir de 1º de janeiro de 2022, o salário de benefício e o salário de contribuição não poderão ser inferiores a R$ 1.212,00 nem superiores a R$ 7.087,22”, estabelece a portaria que oficializa o reajuste de aposentados que ganham acima de um salário mínimo e é assinada pelos ministérios da Economia e do Trabalho e Previdência.

O valor é calculado com base no Índice Nacional de Preços ao Consumidor (INPC), usado como referência para reajustes salariais e benefícios previdenciários – que ficou em 10,16% no ano passado, segundo dado divulgado pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE) na semana passada.

Pela legislação, aposentadorias, auxílio-doença, auxílio-reclusão e pensão por morte pagas pelo INSS não podem ser inferiores ao salário mínimo, de R$ 1.212 para este ano. O piso não repõe a inflação do ano passado, já que incorporou a diferença do salário mínimo de 2021, que também tinha ficado abaixo da inflação do ano anterior.

O ato publicado no Diário Oficial dispõe sobre os valores de outros benefícios, como auxílio por incapacidade temporária, aposentadorias dos aeronautas, pensão especial paga a vítimas da síndrome da talidomida, benefícios concedidos a pescadores e seringueiros, além de benefícios assistenciais como pensão especial para dependentes de vítimas de hemodiálise e aqueles voltados para idosos e pessoa com deficiência.

Os segurados que começaram a receber benefícios do INSS a partir de fevereiro de 2021 terão percentual menor de reajuste porque não receberam 12 meses cheios de pagamentos. Assim, o percentual de reajuste fica menor quanto mais tarde for a data de início do benefício.

Até janeiro de 2021: 10,16%

Em fevereiro de 2021: 9,86%

Em março de 2021: 8,97%

Em abril de 2021: 8,04%

Em maio de 2021: 7,63%

Em junho de 2021: 6,61%

Em julho de 2021: 5,97%

Em agosto de 2021: 4,90%

Em setembro de 2021: 3,99%

Em outubro de 2021: 2,75%

Em novembro de 2021: 1,58%

Em dezembro de 2021: 0,73%

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