Grupo de partidos da base do governo Lula pede ‘investigação’ de Campos Neto pela manutenção da taxa de juros em 13,75%

Na lista estão representantes do PT, PV, MDB, PSD, PSol, PSB, PDT, PC do B e Rede

O presidente do Banco Central, Roberto Campos Neto – Edilson Dantas/Agência O Globo

O GLOBO

Lideranças de diferentes partidos da base do governo na Câmara vão entregar na tarde desta quarta-feira ao presidente do Senado, Rodrigo Pacheco, uma petição contra Roberto Campos Neto – atual mandatário na chefia do Banco Central. Na lista estão representantes do PT, PV, MDB, PSD, PSol, PSB, PDT, PC do B e Rede.

O pedido é de instauração de procedimento apuratório “acerca da política monetária do Banco Central do Brasil”, diz trecho do comunicado. Os parlamentares querem uma investigação de “possível motivação viciada e vício de finalidade, desconectada dos acontecimentos fáticos precedentes que levaram o Banco Central do Brasil a manter a taxa de juros em 13,75%”.

A Selic está neste mesmo patamar desde agosto de 2022 e o começo da trajetória de alta foi em janeiro de 2021, quando a taxa básica de juros da economia estava em 2%.

A Selic está neste mesmo patamar desde agosto de 2022 e o começo da trajetória de alta foi em janeiro de 2021, quando a taxa básica de juros da economia estava em 2%.

O Comitê de Política Monetária (Copom) – que decide a taxa básica de juros da economia a cada 45 dias – é formado pelo total de oito diretores e o presidente do Banco Central, atualmente Roberto Campos Neto. Ou seja, é uma decisão colegiada e cada membro tem autonomia dos votos.

Na petição, os parlamentares pedem “apuração” da “responsabilidade” do atual presidente do Banco Central no que chamam de “demora e ao não cumprimento adequado e tempestivo do controle da inflação, do emprego e desenvolvimento econômico e social”.

Na próxima reunião do Copom, no início de agosto, é esperado o primeiro corte na taxa básica de juros desde o início do ciclo de alta. O entendimento da maioria dos integrantes da autarquia é que houve melhor no ambiente macroeconômico do país, que pode permitir a redução da Selic.

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