As baladas descumpriam o decreto estadual de combate à disseminação da Covid-19.
Por Folhapress
SÃO PAULO, SP (FOLHAPRESS) – Mais de 1.800 pessoas, a maioria sem máscaras de proteção e aglomeradas, foram flagradas em duas festas clandestinas nas zonas sul e oeste da cidade de São Paulo, na madrugada deste domingo (18). As baladas descumpriam o decreto estadual de combate à disseminação da Covid-19, que proíbe desde março de 2020 a realização desse tipo de evento.
No estado, bares e restaurantes só podem funcionar até as 23h, segundo o Plano São Paulo de enfrentamento ao novo coronavírus, e com 60% da capacidade máxima de lotação.
Uma das baladas interrompidas pela blitz, chamada de Festa do Bryan, reunia 1.500 pessoas aglomeradas em um galpão, em Santo Amaro na zona sul. Outra festa foi encerrada em uma casa noturna na Vila Olímpia. No local, havia 350 pessoas que descumpriram as medidas sanitárias.
Muitos frequentadores deixaram as festas segurando bebidas e escondendo o rosto quando eram filmados pelos agentes. Alguns deles zombaram da fiscalização dizendo “pode entrar” ao perceber a chegada da blitz, “oi, mãe, eu tô na Globo” e “me filma”. Outros xingaram o deputado federal Alexandre Frota (PSDB), que tem acompanhado as fiscalizações. Uma mulher mostrou o dedo para os agentes.
Ao todo, a Vigilância Sanitária inspecionou 24 estabelecimentos na capital paulista, entre a noite de sábado (17) e a madrugada de domingo. Nove locais foram autuados e e máquinas de cartão acabaram aprendidas.
As ações foram realizadas pela Polícia Civil, por meio do Garra (Grupo Armado de Repressão a Roubos), e do Dope (Departamento de Operações Especiais de Polícia), em apoio ao Comitê de Blitz, criado pelo governo de São Paulo para reforçar a fiscalização do cumprimento das medidas restritivas contra a pandemia e atuar contra festas clandestinas e aglomerações. O Grupo conta com a Vigilância Sanitária e com fiscais do Procon.
Segundo o governo, é possível denunciar festas clandestinas e funcionamento irregular de serviços não essenciais pelo telefone 0800-771-3541, pelo site www.procon.sp.gov.br ou pelo e-mail secretarias@cvs.saude.sp.gov.br, do Centro de Vigilância Sanitária.