Prefeitura do Rio cancela Réveillon de Copacabana devido à pandemia.

Comitê científico ainda vai analisar se alguma presença de público é viável. Segundo a administração municipal, motivo é a falta de vacina para combate do Covid-19.

Riotur decidiu pelo cancelamento e estuda formato virtual. Carnaval está sendo discutido com a Liga das Escolas de Samba

Por JP

A pandemia do novo coronavírus levou a prefeitura do Rio de Janeiro a cancelar a tradicional festa de Réveillon que costuma atrair milhões de pessoas para a orla de Copacabana, na zona sul da cidade. O carnaval também está sob risco, caso não surja uma vacina contra a Covid-19 até lá.

“Com relação ao Réveillon, esse modelo tradicional que conhecemos e que praticamos na cidade há anos, assim como o carnaval, não é viável neste cenário de pandemia, sem a existência de uma vacina”, justificou a prefeitura, em nota.

No texto, o governo municipal menciona que os festejos pela chegada de 2021 podem acontecer de diferentes formas, que não a tradicional. A Riotur, empresa de turismo do município, apresentará ao prefeito Marcelo Crivella nos próximos dias outros formatos possíveis para o evento da virada, sem a presença direta de público, com transmissão pela televisão e plataformas digitais, “preservando prioritariamente a segurança das pessoas e considerando também uma atmosfera de reflexão e esperança diante de tantas perdas sofridas”. A Riotur afirma que todas as possibilidades em análise teriam viabilidade financeira focada 100% na iniciativa privada, uma vez que os recursos municipais teriam como prioridade o combate à pandemia. Na última semana, a cidade de São Paulo anunciou o cancelamento do tradicional Réveillon na Avenida Paulista devido à pandemia.

Carnaval

Quanto ao Carnaval de 2021, a Riotur informa que, atendendo ao pedido da Liga Independente das Escolas de Samba do Rio de Janeiro (Liesa), não abriu a venda de ingressos para o setor turístico do Sambódromo. O órgão aguarda a próxima assembleia da Liesa, que definirá o rumo dos desfiles e comunicará à Prefeitura do Rio, diz a nota. Tampouco há definição para o carnaval de rua no Rio, “já que o planejamento deste evento é naturalmente complexo e, no cenário atual, requer cuidados especiais”, lembra a Riotur.

O que disse a Prefeitura inicialmente

Com relação ao Réveillon, esse modelo tradicional que conhecemos e que praticamos na cidade há anos, assim como o carnaval, não é viável neste cenário de pandemia, sem a existência de uma vacina. Mas, é preciso ressaltar que o réveillon não é um evento rígido e ele pode acontecer de diversas formas, que não apenas reunindo 3 milhões de pessoas na Praia de Copacabana.

Nos próximos dias, a Riotur apresentará ao Prefeito Marcelo Crivella diferentes formatos possíveis para o evento da virada, sem presença direta de público, em um modelo virtual, onde poderemos atingir o público pela TV e pelas plataformas digitais, preservando prioritariamente a segurança das pessoas e considerando também uma atmosfera de reflexão e esperança diante de tantas perdas sofridas. Ressaltamos que todos os conceitos desenvolvidos e analisados pela Riotur têm sua viabilidade financeira focada 100% na iniciativa privada, considerando o cenário atual onde os recursos da Prefeitura do Rio estão destinados ao combate da pandemia. Esse modelo, com parceiros privados investindo nos grandes eventos, é adotado pela Riotur durante toda a gestão do Prefeito Marcelo Crivella, priorizando que o dinheiro público seja investido nas questões básicas, como saúde e educação.

Vale lembrar que, seguindo o cronograma dos anos anteriores, o réveillon começaria a ser desenvolvido em agosto. Isto significa dizer que não há etapas a serem cumpridas pela Prefeitura neste momento e estamos dentro do cronograma natural.

Com relação ao Carnaval, o presidente em exercício da Riotur Fabrício Villa Flor de Carvalho tem participado constantemente de reuniões virtuais com o presidente da Liesa Jorge Castanheira para tratar sobre as questões que envolvem os desfiles das escolas de samba na Marquês de Sapucaí. Como resultado dessas tratativas, a Riotur atendeu ao pedido da Liesa e não abriu a venda de ingressos para o setor turístico do Sambódromo. Agora, a Riotur aguarda, conforme solicitado formalmente pelo presidente da entidade, a próxima assembleia da Liga Independente das Escolas de Samba, que definirá o rumo dos desfiles e comunicará à Prefeitura do Rio.

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