‘Odiei todos os segundos da minha gravidez’, confessa Thayla Ayala

Casada com o ator Renato Góes e mãe de Francisco, de 9 meses, atriz desabafou sobre gestação e amamentação em podcast

Thayla Ayala fala sobre maternidade e amamentação. Foto: @mileumatretas / Instagram

Por Estadão

Thayla Ayala, mãe do pequeno Francisco, de 9 meses, falou sobre os desafios da gravidez e da amamentação no podcast Mil e uma Tretas, no YouTube. A atriz, casada com o ator Renato Góes, confessou ainda que a gestação não foi simples para ela. “Tive a pior gravidez do planeta Terra”, declarou

A artista continuou: “Foram os piores meses da minha vida. Odiei todos os segundos da minha gravidez. Pensava em não seguir com a minha vida. Depois que consegui gerar e parir, mesmo correndo risco de morte, porque tive síndrome HELLP, entendi que a mãe já é mãe pra caramba”, contou Thayla.

No bate-papo, ela disse também que iniciou a suplementação do bebê ainda no hospital: “Meu filho nasceu de 33 semanas. Nasceu com 2,1 quilos, mas o bebê tem aquela perda, né? E ficou com 1,850. Desde a maternidade, não me deram a possibilidade de não suplementar. Amamentava no peito e também dava o complementar. Ele nasceu muito prematuro e levou tempo para ganhar peso”.

A atriz confessou que tinha muito medo da amamentação: “Quando dei mamadeira, chorava tanto e tinha a sensação de que fracassei. Foi o pior momento. Tive mastite, tive ducto obstruído duas vezes, desmaiei de dor em uma das vezes que fui desobstruir. Até os 4 meses, ele ficou entre peito e mamadeira. Quando ele tinha 4 meses e tinha ficado gostoso amamentar, ele não quis mais o peito. Até o sexto mês, continuei tirando meu leite para dar na mamadeira”.

Renato Góes esteve ao lado de Thayla o tempo todo. “Tive muito apoio. Ao ver o meu desespero, o Renato falou várias vezes: ‘Para, chega!’. Tive dois ductos obstruídos. No segundo, virei para ele e falei: ‘Mete a boca e puxa. Puxa com muita força’. Na hora que ele puxou, eu desmaiei. Depois, tive mastite”, contou.

Francisco só mamava se a atriz estivesse em pé e em movimento, segundo ela. “Todas as mamadas da vida do Francisco, eu tinha que amamentar andando. Durante a mastite, tive 39,5ºC de febre e não conseguia ficar em pé, muita tontura… Então tinha que levantar e andar apoiada no Renato”, revelou.

“Homens não conseguem fazer uma função do dia, como um pagamento, o que dirá gerar uma criança? Amamentar uma criança? Homem não conseguiria passar por um terço o que a gente passa, nem menstruar eles conseguiriam”, completou.

O que é a síndrome HELLP

HELLP é uma sigla que descreve um conjunto de alterações durante a gestação e se caracteriza pela destruição das hemácias, aumento das enzimas do fígado e diminuição da quantidade de plaquetas no sangue.

A síndrome, que pode estar relacionada com pacientes com pré-eclâmpsia grave, também é acompanhada de alta taxa de morbidade e mortalidade materna e perinatal. Os sintomas podem ser extremamente variáveis, como cefaleia, distúrbios visuais e mal-estar. De acordo com o Ministério da Saúde, a doença acomete cerca de 0,4% das gestantes brasileiras.

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