Sampaoli vê mexidas em meio a desfalques não funcionarem e rubro-negro preocupa antes do primeiro jogo da final da Copa do Brasil

O GLOBO
Foram 11 dias sem jogos do Flamengo nesta data Fifa, e se o retorno do rubro-negro ao Brasileirão, nesta quarta-feira, contra o Ahtletico, poderia ser uma prévia do que esperar no primeiro jogo final da Copa do Brasil, no próximo domingo, a noite foi de preocupação: o rubro-negro levou um dolorido 3 a 0 em Cariacica (ES) marcado por desorganização e pouca inspiração.
O zagueiro Cacá abriu o placar no primeiro tempo. Alex Santana e Vitor Bueno, de pênalti, completaram na segunda etapa.
Matheus Cunha — que voltou da seleção brasileira sub-23 com a vaga ameaçada por uma possível chance ao argentino Rossi — foi mantido, mas levou azar no primeiro gol. O chute de Vitor Bueno desviou em Pedro, acertou o contrapé do goleiro rubro-negro e sobrou à feição para Cacá inaugurar o placar.
Antes, o Flamengo já tinha sofrido. David Luiz, pouco à vontade atuando quase como um volante, tarefa que já desempenhou em alguns momentos na carreira, errou em saída de bola. Cuello acabou recebendo de frente para Matheus Cunha, que fez boa defesa. Minutos antes, o próprio goleiro já havia dado a bola nos pés de Vitor Bueno.
A escalação de David Luiz na posição foi uma das soluções de Jorge Sampaoli, em noite infeliz, para os vários desfalques: Ayrton Lucas e Bruno Henrique estavam suspensos, e Pulgar ficou fora da viagem após defender a seleção chilena. No ataque, o técnico argentino testou a volta da dupla Pedro e Gabigol, além da entrada de Cebolinha. Thiago Maia, improvisado, fechava a lateral na maior parte do tempo.
O camisa 9 teve a chance mais perigosa no segundo tempo num chute de longe, bem defendido por Léo Linck, enquanto Cebolinha teve poucos momentos de inspiração no primeiro tempo, mas acabou muito criticado pelos torcedores no estádio Kleber Andrade.
Foram no segundo tempo os curtos bons momentos do rubro-negro, com Gerson. Mas a melancolia seguiu. Gabigol foi expulso ao atingir Cuello com o braço, em lance revisado no monitor do VAR por Rafael Klein: o amarelo virou vermelho. Allan, que havia entrado no intervalo, ainda saiu no segundo tempo com dor no tornozelo esquerdo e virou outra preocupação para a decisão de domingo.
Um organizado Athletico, que também vinha com muitos desfalques, como Vitor Roque, aproveitou a instabilidade do rival e marcou o segundo com Alex Santana. Nos acréscimos, fechou com Vitor Bueno, cobrando pênalti cometido por Éverton Ribeiro. Os gritos de “time sem vergonha”, que já apareciam nas arquibancadas, explodiram.