Comandados de Abel Ferreira vencem por 2 a 1 e chegam aos 42 pontos no torneio; Flaco López faz seu primeiro gol com a camisa alviverde
Por Estadão
Depois de conquistar o título simbólico do primeiro turno do Campeonato Brasileiro, o Palmeiras comprova que é um time difícil de ser batido dentro e fora de casa. A equipe de Abel Ferreira venceu o Ceará neste sábado, 30, por 2 a 1 na Arena Castelão e permanece como o único visitante invicto do Brasileirão. Agora, são seis vitórias e quatro empates.
O Palmeiras chega aos 42 pontos e abre sete de vantagem para o Corinthians, que ainda joga neste sábado diante do Botafogo na NeoQuímica Arena. A vitória em Fortaleza foi uma vingança simbólica depois de ter sido batido pelo Ceará na estreia no Brasileirão no Allianz Parque.
Com um jogador a mais desde o início do segundo tempo (o volante Richardson foi expulso), o time alviverde fez alterações pensando na batalha das quartas de final da Libertadores diante do Atlético Mineiro, na quarta-feira, fora de casa. O time poderia ter controlado melhor a posse de bola e chegou a ser pressionado mesmo com um jogador a mais. O Ceará não perdia há 12 jogos como mandante, com sete vitórias e cinco empates até o jogo deste sábado.
O jogo teve pelo menos três lances polêmicos que geraram críticas ao árbitro Anderson Daronco. Os cearenses reclamam de um empurrão de Gustavo Gómez em Mendoza dentro da área, quando o jogo estava 0 a 0. Os palmeirenses, por sua vez, reclamam do pênalti assinalado pela arbitragem de Danilo em Vina. Além disso, o time alviverde estranhou a necessidade de intervenção do árbitro de vídeo na expulsão de Richardson (segundo eles, era uma decisão para o árbitro no campo).
O Ceará começou marcando os volantes palmeirenses, Danilo e Zé Rafael, primeiros responsáveis pela criação das jogadas. Isso criou dificuldades para o atual líder do torneio. Com a bola roubada, a ideia do time da casa era lançar o atacante Mendoza pelo lado esquerdo, aproveitando os avanços de Piquerez. O time da casa bloqueava tudo o Palmeiras tentava criar. Além disso, completava o cenário de dificuldades para a boa marcação sobre Dudu e Raphael Veiga.
A equipe só começou a equilibrar a partida, ficando mais com a bola, a partir da movimentação de Scarpa, que saiu da esquerda e começou a jogar mais centralizado. Isso confundiu a marcação e abriu espaços. Após a mudança, uma boa chegada surgiu após um cruzamento de Danilo que José López cabeceou por cima aos 22.
O gol saiu quando o time finalmente conseguiu agrupar seus jogadores de frente pelo lado direito. Após finalização de Scarpa, Dudu marcou no rebote do goleiro. Foi o primeiro gol do atacante desde 12 de junho. Depois de superar o sufoco inicial, o Palmeiras equilibrou a posse de bola e conseguiu abrir o placar em função da qualidade técnica dos jogadores de ataque.
Scarpa também teve participação importante no segundo gol. Jogando centralizado, ele recebeu bola roubada de Danilo e deu bela enfiada para José López, tocar com categoria. Foi o primeiro gol do reforço palmeirense em sua terceira partida.
O lance que praticamente definiu a vitória palmeirense aconteceu no início do segundo tempo. Em um contra-ataque, Dudu foi derrubado por Richardson na entrada da área. O volante cearense foi expulso após recomendação do árbiro de vídeo. Com a vantagem no placar e um homem a mais, o líder do torneio teve tranquilidade para construir seus ataques. Aos 11 minutos, Scarpa acertou um belo chute no travessão. Merecia o gol.
Um lance isolado recolocou o Ceará no jogo e fez com que o Palmeiras perdesse o controle da partida. Após disputa entre Vina e Danilo dentro da área, o árbitro Anderson Daronco marcou pênalti, gerando muita reclamação dos palmeirenses. Mendoza converteu.
Corajoso, o Ceará conseguiu pressionar nos minutos finais, principalmente na bola parada. Faltou posse de bola ao líder do torneio para não sofrer tanto diante de um rival com dez jogadores.
FICHA TÉCNICA
Ceará 1 x 2 Palmeiras
Gols: Dudu, aos 30, López, aos 44 do 1º T e Menzona, aos 34 do 2º T
Ceará: João Ricardo; Michel (Nino), Messias, Gabriel, Bruno (Victor Luís); Richardson, Lindoso (Diego), Lima (Castilho) e Vina; Mendoza e Cléber (Vásquez). Técnico: Marquinhos Santos
Palmeiras: Weverton; Marcos Rocha (Mayke), Murilo, Gómez e Piquerez (Vanderlan); Zé Rafael, Danilo, Veiga (Gabriel Menino) e Scarpa; Dudu (Breno) e López (Navarro). Técnico: Abel Ferreira
Amarelos: Vina, Marcos Rocha, Piquerez, Castilho, Murilo, Bruno
Vermelho: Richardson
Árbitro: Anderson Daronco (Fifa/RS)
Público e renda: não divulgados
Local: Arena Castelão (Ceará)