Maré sobe com ressaca e destrói barracas em Luís Correia litoral do Piauí

Avanço da maré, que começou na última terça-feira (17) e deve se estender pelo menos até domingo (22), causou prejuízos aos estabelecimentos à beira do mar. Bióloga aponta que retirada da vegetação costeira e ocupação irregular agravam a situação.

Ressaca faz maré avançar e destruir barracas nas praias de Maramar e Macapá, no Piauí — Foto: Reprodução

PHBWebCidade 

Editor: Marcos Ranyere Portela da Cunha

Mais de 15 barracas foram atingidas e parcialmente destruídas nas praias de Maramar e Macapá, em Luís Correia, no litoral do Piauí, após subida da maré com a ressaca do mar, que começou na última terça-feira (17.set.2024). A previsão é que a situação se estenda pelo menos até domingo (22.set.2024), e pode causar mais prejuízos.

A proprietária Clécia Oliveira afirmou que perdeu três vãos de sua barraca e ficou apenas com a parte da rampa de acesso para pessoas com deficiência. Nem mesmo as manilhas de concreto colocadas no local contiveram a maré. Segundo ela, vizinhos lidaram com perdas ainda maiores.

A maré chegou até a cozinha da barraca de um vizinho nosso. A destruição foi feia. Eu perdi cerca de 70% da minha barraca, que tem uma extensão de 50 metros, de um lado a outro, em frente à praia, contou Clécia

A dona da barraca apontou que, embora haja ressacas marítimas todos os anos, a que aconteceu nesta semana foi mais intensa que as outras. As ondas chegaram a ultrapassar o calçamento da praia.

Ação humana agrava prejuízos, diz bióloga

A situação dos proprietários está sendo acompanhada pela prefeitura de Luís Correia e a Comissão Ilha Ativa, que atua no litoral piauiense. Conforme a bióloga Liliana Souza, membro do grupo, o avanço da maré sofre influência da lua, mas também é consequência da intervenção humana na natureza.

A erosão marinha, que causa esse intenso avanço, ocorre em virtude da retirada da vegetação costeira e a ocupação irregular. A praia está na foz de um estuário, e isso aumenta a ação da natureza, explicou a bióloga.

Na visão de Liliana, a especulação imobiliária, além do fenômeno natural da ressaca, obriga a população a recuar as construções no litoral. Para ela, um projeto de contenção da erosão marinha deve ser elaborado pelo poder público para reduzir os estragos.

Fonte: G1 Piauí 

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