Segundo Tel Aviv, ataque atingiu ‘terrorista de alto escalão do Hamas, responsável pelo planejamento’ de ações do grupo

A Defesa Civil da Faixa de Gaza anunciou a morte de 23 pessoas em um bombardeio israelense nesta quarta-feira (9) contra um edifício residencial na Cidade de Gaza —o Exército de Israel afirmou ter atingido um combatente de “alto escalão do Hamas”.
O porta-voz da Defesa Civil, Mahmud Bassal, anunciou que “o balanço do massacre em Shujaiya deixou 23 mártires, entre eles oito crianças e oito mulheres”, acrescentando que mais de 60 pessoas ficaram feridas. “Ainda há pessoas sob os escombros”, afirmou.
Ayub Salim, um morador do bairro de 26 anos, declarou ter visto o ataque ao edifício de quatro andares. A área, “repleta de tendas de campanha, pessoas deslocadas e casas”, foi atingida por “vários mísseis”. “Os estilhaços voaram em todas as direções. Não conseguíamos ver nada, apenas os gritos e o pânico das pessoas”, relatou.
Questionados pela agência de notícias AFP, os militares israelenses disseram que “atingiram um terrorista de alto escalão do Hamas, responsável pelo planejamento e execução de ataques terroristas” na área, sem informar seu nome. O Hamas chamou o bombardeio de um dos “atos mais hediondos de genocídio”.
Após dois meses de trégua na guerra em Gaza, Israel retomou, em 18 de março, os bombardeios e, em seguida, a ofensiva terrestre para obrigar o movimento terrorista Hamas a libertar os reféns que permanecem no território.
O Ministério da Saúde de Gaza —controlado pela facção— anunciou que 1.482 pessoas morreram nos ataques desde a retomada do conflito. O balanço total, desde o início da guerra em 7 de outubro de 2023, após o ataque sem precedentes do Hamas em território israelense, chega a 50.846, segundo os dados mais recentes do órgão.
O ataque de 7 de outubro deixou 1.218 mortos do lado israelense, a maioria civis, segundo uma contagem da AFP baseada em dados oficiais. Após o ataque, Israel prometeu destruir o Hamas e iniciou uma ofensiva devastadora contra o território palestino. Das 251 pessoas sequestradas em 7 de outubro, 58 continuam em Gaza, das quais 34 estão mortas, segundo o Exército israelense.
Folhapress