Segundo Tel Aviv, Hassan Farhat planejou vários ataques terroristas contra israelenses; premiê libanês fala em violação do acordo de cessar-fogo com Hezbollah

Um bombardeio israelense matou nesta sexta-feira (4) um alto dirigente do grupo terrorista palestino Hamas, seu filho e sua filha, em Sidon, a maior cidade do sul do Líbano.
O ataque atingiu a casa onde estava o homem, de 63 anos, e seus dois filhos adultos.
O Exército israelense anunciou que suas forças realizaram “um ataque direcionado na região de Sidon, eliminando o terrorista Hassan Farhat, comandante da seção oeste do Hamas no Líbano”.
Farhat “orquestrou numerosos ataques terroristas contra civis e soldados israelenses” desde que começou a guerra entre Israel e Hamas em Gaza há quase 18 meses, segundo um comunicado militar.
Um jornalista da AFP viu um apartamento em chamas no quarto andar de um prédio, assim como danos em imóveis, lojas e automóveis da área, densamente povoada. O bombardeio provocou pânico na cidade.
O primeiro-ministro libanês, Nawaf Salam, chamou o ataque de “agressão flagrante contra a soberania libanesa” e uma “clara violação” do acordo de cessar-fogo que em tese vigora desde 27 de novembro entre Israel e o grupo extremista Hezbollah. Sidon abriga o maior campo de refugiados palestinos do Líbano.
O bombardeio ocorreu após o ataque israelense no subúrbio sul de Beirute em 1º de abril, que matou um integrante do Hezbollah, aliado do Hamas.
Em 28 de março, outro bombardeio israelense atingiu a área, um bastião do grupo patrocinado pelo Irã, pela primeira vez desde a entrada em vigor do cessar-fogo.
Em outubro de 2023, no início da guerra em Gaza entre Israel e Hamas após os ataques terroristas do grupo palestino, o Hezbollah abriu uma frente contra Tel Aviv, disparando foguetes quase diários do sul do Líbano.
As hostilidades se transformaram em guerra aberta em setembro de 2024, com intensos bombardeios israelenses no Líbano, principalmente contra os bastiões do Hezbollah, cuja liderança ficou praticamente dizimada.
Folhapress