Ambas as vacinas já foram usadas no programa de vacinação da China.
Por Reuters
PEQUIM (Reuters) – A Sinovac Biotech disse no sábado que a vacina COVID-19 de sua unidade foi aprovada para uso pelo público em geral pelo regulador de produtos médicos da China.
Ela marca a segunda vacina COVID-19 aprovada para uso público na China, depois que uma vacina desenvolvida por um instituto de Pequim afiliado ao China National Pharmaceutical Group (Sinopharm) foi aprovada em dezembro. Ambas as vacinas já foram usadas no programa de vacinação da China, visando principalmente grupos-chave considerados de maior risco de exposição ao vírus. Indonésia, Turquia, Brasil, Chile, Colômbia, Uruguai e Laos concederam autorização de emergência para a vacina CoronaVac desenvolvida pela Sinovac Life Sciences, Sinovac disse em um comunicado à imprensa. A aprovação do regime de duas doses pela Administração Nacional de Produtos Médicos da China é baseada nos resultados de dois meses de testes clínicos em estágio avançado no exterior, dos quais os dados da análise final ainda não foram obtidos, disse Sinovac.
A Sinovac Life Sciences deve ser capaz de produzir mais de 1 bilhão de doses por ano na forma de ingrediente a granel até fevereiro, disse a empresa em um comunicado. Ela está expandindo sua capacidade de envasar vacinas em frascos e seringas, o que atualmente está atrasado em sua capacidade de fabricação de vacinas.
TAXAS DE EFICÁCIA VARIADAS
A vacina de Sinovac está sendo testada em ensaios clínicos de Fase III em países como Brasil, Turquia e Indonésia, onde leituras de eficácia variadas foram lançadas separadamente. A vacina foi encontrada com 50,65% de eficácia contra a doença COVID-19 no estudo no Brasil que recrutou 12.396 profissionais de saúde com mais de 18 anos em 16 de dezembro e registrou 253 casos, disse Sinovac em um comunicado na sexta-feira. A taxa de sucesso do teste da Turquia foi de 91,25%, disseram pesquisadores locais, com base em uma análise preliminar de 29 casos. Houve uma taxa de eficácia de 65,3% no ensaio da Indonésia. A epidemia mais galopante no Brasil e o foco do ensaio em profissionais da área médica são fatores que Sinovac acredita que podem ter reduzido a taxa de eficácia observada nos dados de lá, disse uma pessoa familiarizada com o assunto à Reuters no mês passado. O ensaio brasileiro também descobriu que a vacina foi 83,7% eficaz contra a doença que requer tratamento médico e 100% eficaz contra hospitalização, casos graves e morte no mesmo ensaio, Sinovac disse na sexta-feira. A taxa de proteção foi de quase 70% com base na observação de um subgrupo menor no teste do Brasil, no qual os participantes receberam as duas doses em um intervalo de três semanas, em vez de duas semanas de intervalo para a maioria dos participantes, disse Sinovac no mês passado.