Confrontos na fronteira entre Israel e Líbano forçaram deslocamento de quase 20 mil libaneses, diz ONU. E bebês podem morrer em minutos em Gaza

As informações são da OIM (Organização Internacional para as Migrações), ligada à ONU.

Um médico e um homem carregam uma criança ferida após bombardeio israelense no hospital do Kuwait em Rafah, no sul da Faixa de Gaza — Foto: AFP

Folha de São Paulo 

Marcos Ranyere Portela da Cunha

Pedagogo pela UFPI e Psicopedagogo pelo INTA Sobral-CE e editor do PHBWebCidade de Parnaíba-PI 

Quase 20 mil pessoas tiveram que se deslocar internamente no Líbano desde o início de outubro devido à intensificação do conflito na fronteira com Israel. A informação foi divulgada nesta segunda-feira (23) pela OIM (Organização Internacional para as Migrações), ligada à ONU.

Segundo a entidade, 19.646 pessoas saíram de suas casas para ir morar em outros lugares dentro do país desde 8 de outubro, dia em que a agência começou a rastrear a movimentação. O estopim da guerra na região foi o ataque de militantes do Hamas a Israel em 7 de outubro, e a consequente contraofensiva israelense em Gaza.

A principal movimentação veio daqueles que fugiam do sul do Líbano, mas pessoas também saíram de diferentes partes do país, afirma a OIM.

Médicos da UTI (Unidade de Terapia Intensiva) neonatal de um hospital em Gaza alertaram nesta segunda-feira (23) que, se o local não receber remédios e combustível logo, os 55 bebês que ocupam suas incubadoras podem morrer em questão de minutos.

“Pedimos a todos que enviem os suprimentos médicos necessários para este setor crítico ou vamos enfrentar uma enorme catástrofe”, disse o médico Nasser Bulbul, no hospital Al-Shifa, na cidade de Gaza.

Segundo Ashraf al-Qidra, porta-voz do Ministério da Saúde de Gaza, há 130 recém-nascidos em incubadoras elétricas em toda a Faixa de Gaza.

De acordo com ele, os geradores dos hospitais —especialmente em Shifa, o maior dos 13 hospitais públicos de Gaza— estão a ponto de não funcionar. “Até pedimos aos nossos postos de gasolina públicos e privados que doem o que puderem economizar de combustível para ajudar a salvar vidas nos hospitais.” (Reuters)

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