Mais da metade das mortes aconteceu em Raigad, ao sul de Mumbai, no estado de Maharashtra.
Por Folhapress
SÃO PAULO, SP (FOLHAPRESS) – Equipes de emergência procuram neste sábado (24) entre a lama e os escombros possíveis sobreviventes dos deslizamentos de terra e das inundações que deixaram pelo menos 125 mortos na região oeste da Índia, afetada por chuvas de monção.
Mais da metade das mortes aconteceu em Raigad, ao sul de Mumbai, no estado de Maharashtra. O local está sendo atingido pela maior chuva em julho em quatro décadas, segundo especialistas. As inundações e os deslizamentos são frequentes na Índia durante a temporada de monção, que vai de junho a setembro.
O departamento meteorológico indiano colocou várias regiões do estado em alerta vermelho e informou que as chuvas devem prosseguir nos próximos dias, num aguaceiro que afeta a vida de centenas de milhares de pessoas e deixa rios e barragens com depósitos acumulados correndo o risco de transbordar.
O primeiro-ministro Narendra Modi disse que estava angustiado com a perda de vidas.
“Cerca de 90 mil pessoas foram resgatadas das áreas afetadas pelas enchentes”, disse o governo de Maharashtra em um comunicado, enquanto as autoridades liberavam água das represas que transbordavam.
Partes da costa oeste da Índia receberam até 594 mm de chuva, forçando as autoridades a retirar as pessoas de áreas vulneráveis à medida que liberavam água de represas prestes a transbordar.
A estação montanhosa de Mahabaleshwar registrou a maior precipitação de todos os tempos –60 cm em 24 horas.
As chuvas também provocaram inundações em um centro de tratamento de água, interrompendo a distribuição na maioria dos distritos de Mumbai, informaram as autoridades da cidade de 20 milhões de habitantes.
O clima severo vem atingindo várias partes do mundo nas últimas semanas, com inundações na China e na Europa Ocidental e ondas de calor na América do Norte, gerando novos temores sobre o impacto da mudança climática.