Em seu 1º discurso, pregou a união do país.
Por Poder 360
O novo presidente da Bolívia, Luis Arce, tomou posse neste domingo (8.nov.2020).
Arce foi eleito com 55,1% dos votos válidos. Seu principal rival na disputa, o ex-presidente Carlos Mesa, atingiu 29% dos votos, e se recusou a reconhecer a derrota
O novo presidente esteve ao lado de seu vice, David Choquehuanca. Além dos discursos, a cerimônia foi marcada por rituais de povos tradicionais bolivianos.
Durante o discurso, Arce pregou a união disse que o momento representa “o início de uma nova etapa na história do país”.
“A partir de 10 de novembro de 2019, depois de 21 dias em que se escamoteou a vontade popular expressada nas urnas, a Bolívia foi cenário de uma guerra interna e sistemática contra o povo, especialmente os mais humildes”, afirmou.
“Se espalhou morte, medo e discriminação. Encrudesceu o racismo e se usou a pandemia para prorrogar um governo ilegal e ilegítimo. Não é o ódio que impulsiona nossos atos, mas uma paixão pela Justiça”, disse.
Choquehuanca citou os indígenas da Bolívia e os povos originários. Ele ressaltou a necessidade de “conciliar ideias da direita e da esquerda”.
Eis os líderes mundiais que estiveram presentes:
Alberto Fernández, presidente da Argentina;
Jorge Arreaza, chanceler da Venezuela;
Mohammad Yavad Zarif, ministro das Relações Exteriores do Irã;
Felipe VI, rei espanhol;
Pablo Iglesias, vice-presidente da Espanha e líder do Podemos;
Brent McIntosh, subsecretário da Fazenda para Assuntos Internacionais dos Estados Unidos;
Iván Duque, presidente da Colômbia;
Mario Abdo Benítez, presidente do Paraguai;
Martín Torrijos, ex-presidente do Panamá;
Wálter Martos, chefe do Conselho de Ministros do Peru;
Francisco Carlos Bustillo, chanceler do Uruguai
Andrés Allamand, chanceler do Chile.
Evo Morales festeja
Em uma rede social, Evo Morales escreveu que hoje “é um dia histórico”. Ex-presidente da Bolívia e do mesmo partido de Arce, ele está exilado na Bolívia.
“Hoje, 8 de novembro, é um dia histórico para a posse de @LuchoXBolivia e a recuperação da democracia exatamente um ano após o motim policial em 8 de novembro de 2019. Vencemos a batalha apenas com a consciência do povo, sem violência”, escreveu.