Rússia bombardeia Lviv, principal destino de refugiados na Ucrânia

Pelo menos três explosões foram ouvidas perto do aeroporto da cidade

Uma nuvem de fumaça sobe após uma explosão em Lviv, oeste da Ucrânia, sexta-feira, 18 de março de 2022. O prefeito de Lviv diz que mísseis atingiram perto do aeroporto da cidade na sexta-feira. Foto: AP / AP

Por Estadão

A cidade de Lviv, no oeste da Ucrânia, foi atacada com mísseis pela primeira vez desde o começo da invasão da Ucrânia pela Rússia. Na manhã desta sexta-feira, 18, os russos atingiram locais a cerca de 6,5 quilômetros do centro de Lviv.

Pelo menos três explosões foram ouvidas perto do aeroporto de Lviv, com vídeos nas mídias sociais mostrando grandes explosões e nuvens de fumaça.

Os mísseis atingiram uma oficina mecânica de aviões que fica no complexo do aeroporto da cidade, segundo o prefeito, Andriy Sadovi.

A oficina já não estava funcionando, e não houve mortos nem feridos.

Lviv fica perto da fronteira com a Polônia. Muitos ucranianos foram para lá assim que começou a invasão do país pelos russos.

A Rússia tem usado uma estratégia de bombardear as cidades ucranianas com mísseis lançados de terra, sem usar muitos soldados em solo, mas a ofensiva russa tem encontrado dificuldades em tomar cidades.

Apesar dos reveses no campo de batalha e das sanções do Ocidente, o presidente russo, Vladimir Putin, mostrou poucos sinais de ceder. Seu governo diz que está contando com a China para ajudar a Rússia a resistir aos golpes em sua economia.

Os Estados Unidos, que nesta semana anunciaram US$ 800 milhões em nova ajuda militar a Kiev, estão preocupados que a China esteja “considerando ajudar diretamente a Rússia com equipamentos militares para uso na Ucrânia”, alertou o secretário de Estado Antony Blinken.

O presidente Joe Biden, que descreveu Putin como um “ditador assassino”, deixará claro ao presidente chinês Xi Jinping em uma ligação na sexta-feira, 18, que a China “será responsável por quaisquer ações que tomar para apoiar a agressão da Rússia”, disse Blinken a repórteres. Os dois devem falar às 9h, horário do leste (1300 GMT), informou a Casa Branca.

A China se recusou a condenar a ação da Rússia na Ucrânia ou chamá-la de “invasão”. Ele diz que reconhece a soberania da Ucrânia, mas que a Rússia tem preocupações legítimas de segurança que devem ser abordadas.

Uma autoridade do Ministério das Relações Exteriores da China se reuniu esta semana com o embaixador da Rússia na China para trocar opiniões sobre combate ao terrorismo e cooperação em segurança. /Reuters

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