Terremoto na Indonésia deixa pelo menos 252 mortos, a maioria crianças

Epicentro do tremor, que alcançou 5,6 graus na Escala Richter, foi perto da cidade de Cianjur, destruindo e danificando prédios, incluindo o hospital local; autoridades apontam que número de mortos pode aumentar enquanto trabalhos de resgate continuam

Pessoas desesperadas em Java Ocidental, Ridwan Kamil. Reprodução 

UOL

Um tremor de magnitude 5,6 deixou pelo menos 252 mortos e mais de 377 feridos na ilha de Java, principal arquipélago da Indonésia. Outras 31 pessoas estão desaparecidas. O terremoto foi registrado hoje, com epicentro a 75 quilômetros da cidade de Jacarta, capital do país asiático.

A informação foi confirmada pelo governador de Java Ocidental, Ridwan Kamil. De acordo com a agência de notícias AFP, o número de mortos pode ser maior, já que há registro de destruição de pelo menos 2 mil residências na região atingida.

A maioria das vítimas eram crianças que estavam na escola no momento do tremor, segundo Henri Alfiandi, diretor da Agência Nacional de Resgate e Buscas. Ele acrescentou que o estrago nas estradas e prédios dificulta o trabalha de buscas.

Segundo o governo local, o epicentro do tremor ocorreu em Cianjur, a 75 quilômetros na direção sudeste da cidade de Jacarta, a uma profundidade de 10 quilômetros. Não houve alerta de tsunami. O fuso horário da Indonésia está 10 horas à frente do horário de Brasília.

Casa caiu “em segundos”

Agus Azhari, de 19 anos, estava com sua mãe idosa na casa da família quando a sala foi destruída em questão de segundos. As paredes desabaram parcialmente, assim como o telhado.

“Agarrei minha mãe pela mão e corremos para fora”, explicou o jovem. “Ouvi pessoas gritando e pedindo ajuda em todos os lugares ao meu redor”, disse ele à AFP.

Herman Suherman, chefe da administração de Cianjur, declarou ao canal Metro TV que a cidade registra um fluxo constante de vítimas.

“Há muitas famílias nas cidades que não puderam ser retiradas”, disse.

De acordo com ele, o hospital Sayang de Cianjur está sem energia elétrica e os médicos não conseguem operar as vítimas. O centro médico precisa de mais profissionais para atender o grande número de feridos.

Moradores da cidade transportavam as vítimas para o hospital em seus carros e motos. Os corpos dos mortos eram deixados diante do estabelecimento, sob uma lona.

Estabelecimentos comerciais, um hospital e uma escola islâmica da cidade sofreram grandes danos durante o terremoto, segundo a imprensa local.

O chefe da polícia de Cianjur, Doni Hermawan, disse à Metro TV que as autoridades resgataram uma mulher e seu bebê, vítimas de um deslizamento de terra, mas outra pessoa, gravemente ferida, morreu.

*Com informações de Reuters

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