Aumento do diesel impacta inflação de alimentos e preocupa, diz ministro da Agricultura

Carlos Fávaro não detalhou possíveis medidas do governo Lula (PT) para conter alta no preço da comida

Marcos Ranyere Portela da Cunha (05.fev.2025)
Posto de combustível BR, localizada na Av. Chagas Rodrigues, em Parnaíba (PI). Foto: Marcos Ranyere Portela da Cunha (05.fev.2025)

O ministro da Agricultura, Carlos Fávaro (PSD), afirmou nesta terça-feira (04.fev.2025) que o impacto que o aumento do diesel pode ter sobre o preço dos alimentos é preocupante.

“Preocupa sempre. O diesel impacta no custo do Brasil, né? Sempre o preço de combustível é importante”, afirmou.

A Petrobras aumentou o preço do diesel em 6% a partir de fevereiro deste ano. Como o combustível é o mais utilizado por caminhões, máquinas agrícolas e usinas de fazendas, a mudança pode ter impacto no preço final nos produtos em supermercados brasileiros.

A avaliação do governo federal, no entanto, é que esse impacto pode ser minimizado se o dólar seguir em queda.

“Nos últimos dias o dólar já veio para perto de R$ 5,80. O reflexo vai também acontecer no preço dos alimentos. A atenção que tem de ser o monitoramento de qualquer produto da cesta básica, da mesa brasileira, que possa ter a diminuição de oferta, [e ai] a gente [tem que] incentivar a plantar mais. É esse o papel do ministério”, completou.

O ministro não explicou se o governo está preparando medidas para tentar frear a inflação nos alimentos.

O preço dos alimentos virou um problema para o governo, que teme que ela possa minar a popularidade do presidente.

Um levantamento do economista Bruno Imaizumi, da consultoria LCA, aponta que a inflação da comida ofusca o aumento no ganho de renda da população.

Fávaro também comentou a guerra comercial desencadeada nesta semana entre o presidente americano, Donald Trump, e a China. Ele afirmou que decisões de taxar importações de sócios comerciais pelos EUA podem ser encaradas como uma oportunidade para o Brasil.

“À medida que restringe o mercado a outros, pode ser uma grande oportunidade para nós. Ninguém é mais competitivo que a produção brasileira”, afirmou.

A tarifa adicional de 10% de Trump sobre todas as importações chinesas para os EUA entrou em vigor nesta terça. Em resposta, Pequim impôs tarifas sobre importações dos EUA.

O Ministério das Finanças da China anunciou que imporia taxas de 15% para carvão e GNL dos EUA e 10% para petróleo bruto, equipamentos agrícolas e alguns automóveis.

A China também disse que iniciará uma investigação antimonopólio sobre o Google, da Alphabet. Ao mesmo tempo, incluiu a PVH Corp, holding de marcas como Calvin Klein, e a empresa norte-americana de biotecnologia Illumina em uma lista de possíveis sanções na China.

Folhapress

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