Balanço da Febraban indica que foram prestadas 523 milhões de queixas dos 10 principais tipos de golpes praticados por criminosos no ano passado

Um levantamento dos 10 tipos de golpes mais praticados contra clientes de bancos em 2024, divulgado nesta segunda-feira, 14, indica que o golpe do WhatsApp foi o mais recorrente, com cerca de 153 milhões de casos. O número representa mais de um quarto (29,25%) do total de 523 milhões de registros dos 10 tipos de golpes mais frequentes, segundo balanço da Federação Brasileira das Associações de Bancos (Febraban).
Em seguida, aparece o golpe da falsa venda, com 150 milhões de registros. O golpe da falsa central telefônica ficou em terceiro, somando 105 milhões de queixas no ano passado.
Segundo Walter Faria, diretor-adjunto de serviços da Febraban, em 2024 os bancos investiram R$ 5 bilhões em segurança e prevenção a fraudes e crimes cibernéticos. Em nota emitida pela entidade, o executivo afirma que estão sendo realizadas campanhas de conscientização e esclarecimento com a população para tentar combater as fraudes, por meio de ações de marketing em TVs, rádios e redes sociais.
Veja a seguir o ranking dos 10 tipos de golpes mais praticados em 2024 e dicas de como se proteger.
1. Golpe do WhatsApp
Registros: 153 milhões
O que é: golpista clona conta pedindo código de segurança via SMS falso (atualização/protocolo).
Como se proteger: ative a verificação em duas etapas no WhatsApp e não compartilhe a senha.
2. Golpe da falsa venda
Registros: 150 milhões
O que é: criação de sites/perfis falsos com promoções irreais.
Como se proteger: desconfie de preços muito baixos, ofertas mirabolantes e lojas desconhecidas – e tenha cuidado com links.
3. Golpe da falsa central telefônica/falso funcionário
Registros: 105 milhões
O que é: ligação de falso funcionário bancário solicitando dados e transferências para “regularizar” a conta.
Como se proteger: verifique a origem de ligações/mensagens: bancos não pedem dados, senhas ou transferências por telefone. Desligue e contate o banco pelo canal oficial.
4. Phishing (pescaria digital)
Registros: 33 milhões
O que é: obtenção de dados da vítima via links e e-mails falsos ou páginas da web fraudulentas.
Como se proteger: não clique em links suspeitos. Mantenha o sistema operacional e o antivírus atualizados. Consulte o banco em caso de dúvida.
5. Golpe do falso investimento
Registros: 31 milhões
O que é: grupos falsos oferecem investimentos com altos lucros rápidos, usando informações e depoimentos falsos.
Como se proteger: desconfie de retornos muito altos. Verifique a autorização da instituição e sua reputação. Tenha cuidado com abordagens online insistentes.
6. Golpe da troca de cartão
Registros: 19 milhões
O que é: vendedor golpista troca o cartão após a digitação da senha.
Como se proteger: cheque o valor na maquininha, confirme se o cartão devolvido é o seu e sempre insira o próprio cartão. Não entregue o cartão.
7. Golpe do falso boleto
Registros: 14 milhões
O que é: boletos falsificados com dados bancários dos criminosos.
Como se proteger: confira atentamente os dados do beneficiário no boleto e na tela de pagamento. Em caso de dúvida, contate a empresa.
8. Golpe da devolução de empréstimo
Registros: 8 milhões
O que é: golpista contrata empréstimo em nome da vítima e depois pede a devolução do dinheiro via Pix ou boleto falso.
Como se proteger: em caso de contato suspeito, ligue para o banco pelos canais oficiais. Bancos usam canais oficiais para devoluções. Não transfira para desconhecidos.
9. Golpe da mão fantasma
Registros: 5 milhões
O que é: falso funcionário induz a vítima a instalar aplicativo que dá acesso total ao celular.
Como se proteger: desconfie de contatos com essa abordagem. Desligue e contate o banco por outro telefone.
10. Golpe do falso motoboy
Registros: 5 milhões
O que é: falso funcionário informa clonagem do cartão e pede para cortá-lo, mas solicita a senha e envia um “motoboy” para buscar o cartão (o chip permanece funcional).
Como se proteger: bancos não pedem o cartão de volta nem enviam ninguém para buscá-lo. Desligue e ligue para o banco por outro aparelho.
Estadão