Os criminosos arrecadaram cerca de R$ 12 milhões com golpes em vários municípios piauienses, de acordo com a PF.
Lupa1
A Polícia Federal deflagrou nesta terça-feira (14), Operação Alavancada, com o objetivo de desarticular grupo criminoso que praticava fraudes imobiliárias em diversas cidades do Piauí e em Brasília/DF. Os investigados se apresentavam como “Traders” para captar economias das vítimas com o pretexto de aplicar os recursos no mercado de valores mobiliários.
Ao todo foram cumpridos oito mandados judiciais expedidos pela Vara Federal Cível e Criminal da Subseção da Justiça Federal de Floriano, sendo um deles de prisão preventiva, dois mandados de prisão temporária e cinco mandados de busca e apreensão. As buscas foram realizadas em Brasília/DF, Formosa/GO e Cuiabá/MT.
Como funcionava o esquema
De acordo com as investigações a captação de recursos eram feitas por meio de fraude, com promessas de ganhos mensais de até 20% sobre o capital investido, para supostamente serem aplicados no Mercado Financeiro através de empresa não autorizada pela Comissão de Valores Mobiliários (CVM) a captar recursos e realizar investimentos no mercado.
Os investigados emitiram e ofereceram ao público valores mobiliários consistentes em contratos de investimento coletivo em nome de empresa de fachada, sem registro prévio de emissão junto à CVM, sem lastro ou garantia suficientes e sem autorização prévia da CVM.
O inquérito policial foi instaurado em 2022 e, até o momento, foi apurado que a organização criminosa arrecadou valores que ultrapassam R$ 12 milhões de reais, com mais de 300 vítimas nas cidades de Brasília/DF, Floriano/PI, Elizeu Martins/PI, Corrente/PI e Teresina/PI. As vítimas chegaram a depositar na conta dos criminosos valores que variavam de R$ 5 mil a R$ 430 mil.
Os envolvidos devem responder por crimes contra o Sistema Financeiro Nacional, Crime contra a Economia Popular, Associação Criminosa e Lavagem de Dinheiro.