Mais nove armas roubadas do Arsenal do Exército foram encontradas na madrugada deste sábado, 21; secretário diz que participação de militar envolvido no roubo é ‘óbvia’
Estadão
A Secretaria de Segurança Pública (SSP) do Estado de São Paulo não irá interferir na liberação dos militares que permanecem aquartelados no Arsenal de Guerra do Exército em Barueri, cidade da região oeste da Grande São Paulo, após o desaparecimento de 21 armas. De acordo com o secretário da pasta, Guilherme Derrite, essa “é uma questão do Exército”.
Derrite falou com jornalistas antes do início dos trabalhos do Consórcio Sul-Sudeste (Cosud) neste sábado, 20, grupo que irá reunir os governadores dessas regiões para ações conjuntas. Questionado sobre os destinatários finais dos armamentos furtados, ele disse que seriam “tanto o Comando Vermelho (CV) quanto o Primeiro Comando da Capital (PCC)”.
Segundo o secretário, esses grupos providenciaram a retirada dos armamentos do Arsenal “com participação, de maneira óbvia, de algum militar envolvido”.
Desde que os armamentos foram subtraídos, quase 500 militares ficaram impedidos de sair das dependências das Forças Armadas. Quando oito armas foram encontradas no Rio de Janeiro, parte dos aquartelados foi liberada, mas cerca de 160 militares permanecem impedidos de deixar o local.
Na madrugada deste sábado, 21, a Polícia Civil encontrou mais uma parte desses armamentos. Nove armas foram recuperadas nas imediações de São Roque, cidade a cerca de 40 quilômetros de Barueri. Ainda faltam quatro.
Segundo Derrite, houve confronto de policiais com ao menos dois suspeitos que estavam escondendo as armas recuperadas. Eles fugiram para uma região de matagal e ainda não foram encontrados.