Bolsonaro diz que Forças Armadas podem ir às ruas para ‘acabar com covardia de toque de recolher’

A entrevista foi concedida à TV A Crítica, do Amazonas.

O candidato à Presidência Jair Bolsonaro (PSL) participa da formatura da Academia Militar das Agulhas Negras, em Resende, interior do estado do Rio de Janeiro. Folhapress/Eduardo Anizelli – 18.ago.2018

Por Estadão

O presidente Jair Bolsonaro afirmou em entrevista nesta sexta-feira, 23, que as Forças Armadas podem ir às ruas para “acabar com essa covardia de toque de recolher”, em referência às medidas de restrição para conter o coronavírus adotadas por governadores. A entrevista foi concedida à TV A Crítica, do Amazonas.

“Se tivermos problemas, nós temos um plano de como entrar em campo. E eu tenho falado: eu sou chefe supremo das Forças Armadas. Se precisar, iremos para ruas, não para manter o povo dentro de casa, mas para reestabelecar todo o artigo 5.º da Constituição e se eu decretar isso, vai ser cumprido esse decreto”, disse.

Segundo ele, as medidas de isolamento social decretadas por governos locais estariam descumprindo a Constituição. “As Forças Armadas podem ir para rua um dia sim, dentro das quatro linhas da Constituição, para fazer cumprir o artigo 5º, direito de ir e vir, acabar com essa covardia de toque de recolher, direito ao trabalho, liberdade religiosa, de culto, para cumprir tudo aquilo que está sendo descumprido por parte de alguns governadores, alguns poucos prefeitos, mas que atrapalha toda nossa sociedade”, disse.

Bolsonaro afirmou ainda que o auxílio emergencial foi o que segurou a ocorrência de um caos generalizado no Brasil. Entretanto, ele afirmou que não podia manter o auxílio em R$ 600, valor que foi pago até o ano passado, por causa do endividamento público. “Isso tem prejudicado a família brasileira. O número de suicídio tem aumentado, o desespero… Vamos temer o vírus, mas o desemprego não pode ser abandonado”, disse o presidente, sem apresentar dados.

Também durante a entrevista, Bolsonaro voltou a defender o uso da cloroquina, medicamento sem eficácia contra a covid-19, criticou a imprensa e tocou a mão de mais de três funcionários da emissora.

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