Na terça-feira (05), ao entrar no Palácio do Alvorada o presidente Jair Messias Bolsonaro mostrou aos jornalistas as conversas que teve com o ex-ministro da Justiça Sérgio Moro.
Isso aconteceu depois do presidente saber através de redes sociais sobre o depoimento de Moro à Polícia Federal de Curitiba realizada no dia 02 de maio.
O objetivo do presidente era contestar a versão apresentada por Moro, segundo a qual Bolsonaro tentou interferir politicamente na Polícia Federal.
Para Bolsonaro a comparação das mensagens de um dia para outro mostrariam uma mudança de posição de Moro em relação à acusação de que o presidente queria interferir na PF.
“Isso aqui foi o que foi mostrado nas televisões: ‘PF na cola de 10 à 12 deputados bolsonaristas’. O link é do Antagonista, tá ok? Embaixo, eu escrevi para ele: ‘Mais um motivo para a troca’. Isso foi uma prova de que? Interferência minha na Polícia Federal, segundo o senhor Sérgio Moro. Isso é do dia 23 do mês passado. Depois em branco ele manda para mim: ‘Isso é fofoca’ O Moro diz que isso é fofoca porque ele tem informações privilegiadas. Se isso é fofoca, ele diz que o inquérito que existe no supremo não tem nome de deputado federal nem de Carlos Bolsonaro” Disse Bolsonaro ao exibir as mensagens a jornalistas.
Para Bolsonaro o que comprovaria a mudança de versão de Moro é a frase “Isso é fofoca. Tem um DPF (Delegado de Polícia Federal) atuando por requisição no inquérito das FAKE NEWS e que foi requisitado pelo ministro Alexandre de Moraes” Disse Moro em mensagem escrita pelo ministro no dia 22 de abril.
Moro acrescenta aínda: “Este inquérito é pelo ministro Alexandre do STF. Diligências por ele determinadas.”
Em sua defesa o ex-ministro Sérgio Moro segundo ele tentou amenizar o fato: “Ciente da intenção do presidente em substituir o diretor geral da PF” Moro também disse: “A palavra “fofoca” utilizada na resposta da primeira mensagem tinha o sentido de dizer que a PF nada fazia além de seu trabalho regular.”
Edição: Marcos Ranyere Portela da Cunha.