JN com Bolsonaro teve maior recorde de audiência desde o início da pandemia; veja os índices

O noticiário da TV Globo foi transmitido na metade dos domicílios com televisores ligados no Brasil na noite desta segunda, segundo dados da emissora com base no PNT; Ciro Gomes, Lula e Simone Tebet são os próximos entrevistados

Bolsonaro foi o primeiro entrevistado de série com candidatos à Presidência no Jornal Nacional, da TV Globo. Foto: TV Globo/Reprodução

Por Estadão 

A audiência do Jornal Nacional durante a entrevista dada pelo presidente Jair Bolsonaro (PL) nesta segunda-feira, 22, foi a maior registrada no Painel Nacional de Televisão (PNT) desde o dia 25 de março de 2020 — data em que a pandemia de covid-19 completava apenas nove dias. O noticiário registrou 33 pontos de audiência e 50% de participação na noite desta segunda, o que significa que a metade dos domicílios brasileiros com televisores ligados estava sintonizada na TV Globo. Os dados foram divulgados pela própria emissora nesta terça-feira, 23.

A estimativa é de que 43,2 milhões de pessoas foram alcançadas enquanto era transmitida a entrevista de 40 minutos com o candidato à reeleição, que começou às 20h30. No total, o JN de 22 de agosto foi assistido por 48,9 milhões de indivíduos — o que corresponde a cerca de 23% da população brasileira, hoje estimada em 212,7 milhões de pessoas pelo IBGE (Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística), apontam os dados da Rede Globo.

Considerada a média de audiência do programa em 2022, foi registrado um recorde de 43% (ou 10 pontos a mais) enquanto ia ao ar a entrevista de William Bonner e Renata Vasconcellos com Jair Bolsonaro.

Durante a entrevista, Bolsonaro optou por manter seu discurso de questionamento às urnas eletrônicas e ao sistema eleitoral brasileiro. Como mostrou o Estadão, o candidato contou 1 mentira a cada 3 minutos durante a entrevista.

O presidente repetiu informações enganosas sobre a pandemia de covid-19 e a integridade do processo eleitoral na entrevista exibida pelo Jornal Nacional. Errou ao citar dados de desemprego da época da ex-presidente Dilma Rousseff e distorceu informações sobre a situação e preservação do meio ambiente sob seu governo.

Para a cúpula da campanha de Bolsonaro à reeleição, a entrevista foi avaliada de forma positiva, uma vez que serviu para amenizar resistências à sua participação em debates. Ao mesmo tempo, o presidente foi alvo de panelaços que ocorreram sob gritos de “fora Bolsonaro”. As manifestações foram registradas em capitais como Brasília, Rio de Janeiro, São Paulo, Aracaju, Salvador, Porto Alegre, Recife e Belém.

A série de entrevistas do JN continua nesta terça-feira com o candidato do PDT Ciro Gomes (PDT), com início previsto para as 20h30. O ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) é o convidado da quinta-feira, 25, no mesmo horário. A candidata Simone Tebet (MDB) fecha a sequência na sexta-feira, 26, às 20h55 — em razão do início do horário de propaganda eleitoral, que fará o noticiário começar mais tarde. Cada candidato tem 40 minutos para explicar suas ideias a partir dos questionamentos dos apresentadores do programa, Renata Vasconcelos e William Bonner.

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