Vendedor de vacinas reafirma à CPI pedido de propina de US$ 1 por dose no governo Bolsonaro

Dominguetti reforçou que o pedido de propina seria de um US$ 1.

© Pedro França/Agência SenadoRepresentante da Davati Medical Supply, Luiz Paulo Dominguetti durante depoimento à CPI da Pandemia – 01/07/2021

Por Folhapress

BRASÍLIA, DF (FOLHAPRESS) – O representante da Davati Medical Suply Luiz Paulo Dominguetti Pereira confirmou à CPI da Covid a denúncia que fez à Folha de S.Paulo, de cobrança de propina.

Dominguetti reforçou que o pedido de propina seria de um US$ 1. Feito a pedido do ex-diretor de Logística do ministério, Roberto Ferreira Dias, exonerado após a revelação. A compra de 400 milhões de doses do imunizante pelo ministério geraria um montante ilícito de 2 bilhões de reais.

Ele disse que a primeira proposta de vacina por Ferreira Dias era de US$ 3,50, a menor do mercado. A Davati estava ofertando 400 milhões de doses. “Foi sempre colocada uma oferta justa, comercial para o ministério.”

Dominguetti Pereira afirmou que inicialmente o ex-secretário-executivo do Ministério da Saúde Elcio Franco não tinha conhecimento da proposta para a venda de 400 milhões de doses da vacina Astrazeneca.

Ele afirma que se surpreendeu ao ver que Franco não tinha conhecimento, uma vez que se tratava de uma grande quantidade, 400 milhões de doses, e que foi encaminhada a outros diretores do ministério.

O encontro com Elcio Franco, afirma o depoente, deu-se após o encontro com o ex-diretor de logística Roberto Ferreira Dias, na qual Dominguetti afirma ter sido pedido propina de US$ 1 para avançar nas negociações.

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