Imunizantes em uso funcionam contra nova cepa, mas oferecem grau de proteção menor, conforme estudos; variação do vírus foi responsável por explosão de casos no início do ano
Por Estadão
A Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa) recebeu na sexta-feira, 30, um segundo pedido emergencial de uma nova vacina bivalente da Pfizer contra a covid-19. A solicitação, se aprovada, será para uso temporário. Essa versão do imunizante elevaria a proteção contra a variante Ômicron, responsável por uma explosão de casos da doença no início do ano.
Conforme a agência, o imunizante é bivalente: sua fórmula é baseada na mistura de cepas do Sars-CoV-2. Além da cepa original do imunizante, a vacina contém a subvariante BA.4/BA.5 (Ômicron) e é indicada como dose de reforço para maiores de 12 anos.
A empresa já havia apresentado pedido semelhante em agosto para uma versão bivalente contendo a subvariante de Ômicron BA.1. Esta solicitação continua em análise pela Anvisa. Pesquisas já mostraram que as vacinas funcionam contra a Ômicron, mas oferecem um grau de proteção menor se comparado ao nível de eficácia contra outras cepas.
Agora, a agência tem 30 dias para concluir a avaliação do novo imunizante. O prazo pode ser interrompido caso seja necessário solicitar à empresa mais informações ou esclarecimentos sobre os dados de qualidade, eficácia e segurança do produto. Os imunizantes da Pfizer são utilizados no País desde fevereiro de 2021, e hoje podem ser aplicados em pessoas acima de seis meses de idade.
Nos Estados Unidos e na Europa, duas vacinas modificadas contra a covid-19 de plataforma de RNA mensageiro já foram aprovadas para uso emergencial pelas agências reguladoras americana Food and Drug Administration (FDA), europeia European Medicines Agency, (EMA) e britânica Medicines and Healthcare products Regulatory Agency (MHRA). São imunizantes desenvolvidos pelas farmacêuticas Pfizer-BioNTech e a da Moderna.