Vítimas foram feridas sem gravidade e passam bem; escola diz repassar informações à polícia
Folha de São Paulo
Um adolescente de 13 anos, aluno de uma escola particular em Manaus (AM), agrediu com uma faca duas colegas da mesma faixa etária e uma professora nesta segunda-feira (10).
O ataque ocorreu no Instituto Adventista, no bairro Cachoeirinha. Os feridos passam bem, segundo o colégio.
A SSP (Secretaria de Segurança Pública) do Amazonas disse, em nota, que o adolescente portava armas brancas e coquetel molotov.
O aluno foi apreendido e levado para a Delegacia Especializada em Apuração de Atos Infracionais.
A agressão mobilizou equipes da Polícia Militar, da Polícia Civil e do Corpo de Bombeiros.
O pai de uma das alunas agredidas disse à reportagem que a menina já havia relatado episódios de violência por parte do adolescente agressor. Segundo ele, o fato de a filha ter apartado uma briga seria a razão do ataque.
O pai afirmou ainda que a escola já tinha sido alertada por pais sobre a agressividade do aluno.
A filha dele foi agredida na cabeça com a arma branca e não sofreu cortes, segundo o relato feito. Outra aluna da mesma faixa etária sofreu cortes, sem gravidade.
Em nota, o Colégio Adventista de Manaus –são cinco unidades na capital– disse que uma funcionária também foi agredida.
“Lamentamos profundamente o ocorrido, e nos solidarizamos com as vítimas e familiares, dando todo o apoio”, afirmou. “Estamos fornecendo as informações necessárias às autoridades. Neste momento, as medidas administrativas em relação ao agressor estão sendo adotadas.”
A nota cita ainda que “a educação adventista preza pelo respeito à vida, repudia todo tipo de violência e ressalta a sua preocupação com a harmonia e o bem-estar dos alunos”.
Na última quarta (5), um homem de 25 anos matou quatro crianças na creche Cantinho Bom Pastor, em Blumenau (SC). As crianças tinham idade entre 5 e 7 anos.
No fim de março, um adolescente de 13 anos matou a facadas uma professora, de 71 anos, na escola estadual Thomazia Montoro, na Vila Sônia, zona oeste de São Paulo. Elizabeth Tenreiro era professora de ciências e foi golpeada pelas costas. Outras três professoras e dois alunos foram feridos.
Após os ataques, o governo Lula (PT) anunciou que disponibilizará R$ 150 milhões para estados e municípios ampliarem rondas policiais no entorno de escolas.
Além disso, segundo o governo, o número de policiais que monitoram grupos de discussão clandestinos na internet aumentará de 10 para 50, como forma de detectar conversas prévias sobre ataques em ambientes escolares.