Marcelo Crivella ainda não falou oficialmente sobre o esquema promovido pela Prefeitura do Rio, que coloca funcionários na porta dos hospitais para impedir reclamações.
Por Último Segundo
O prefeito Marcelo Crivella ainda não falou oficialmente sobre o esquema promovido pela Prefeitura do Rio, que coloca funcionários na porta dos hospitais para para impedir denúncias e reclamações no chamado de “Guardiões do Crivella”. Mas ele utilizou o seu Instagram oficial, na manhã desta terça-feira, dia 1º de setembro, para publicar uma passagem bíblica. Isso aconteceu um dia depois que uma reportagem do “RJ2”, da “TV Globo” fez uma denúncia contra o seu governo.
“Porque eu sei que meu redentor vive, e que no fim se levantará em meu favor (Jó 19:25). Bom dia”, junto com uma mãozinha para cima.
No esquema do governo do prefeito Marcelo Crivella, pessoas foram contratadas atrapalhavam entrevistas e gravações feitas pela emissora em unidades da rede municipal de saúde. Descobriu-se, então, que servidores públicos estariam sendo pagos para vigiar a entrada, para constranger e ameaçar jornalistas e cidadãos que denunciam os problemas. Eles recebiam até mais de R$ 4 mil da Prefeitura do Rio.
A reportagem revela também que os intimidadores são coordenados por grupos em WhatsApp, através dos quais há controle rígido de escala e horário, com direito a “ponto” por meio de selfie no posto de trabalho. Entre os participantes de um dos grupos, um telefone chama a atenção. O número aparece registrado como sendo do próprio prefeito, Marcelo Crivella.
“O prefeito, ele acompanha no grupo os relatórios e tem vezes que ele escreve lá: “Parabéns! Isso aí!”, contou à TV Globo um dos participantes.
A TV Globo narra três ocasiões em que houve ” invasões ” e que a reportagem teve que ser interrompida.Em um a das situações, depois da confusão, o agressor colocou um crachá e se dirigiu para o interior da unidade de saúde. Nesta segunda, o repórter Paulo Renato Soares fazia uma entrevista na porta do Hospital Salgado Filho, no Méier. Ao primeiro sinal de que a gestão da saúde poderia ser criticada, o entrevistado foi interrompido.