Com a derrota por 2 a 0, a Polônia terminou empatada com o México no Grupo C, mas se classificou no saldo de gols.
JN
Antes da confirmação da alegria de argentinos e poloneses e da decepção de mexicanos e sauditas. Os dois roteiros tinham personagens principais escalados para contracenar no mesmo palco.
De um lado, Lionel Messi. Do outro, não exatamente, Robert Lewandowski. O atacante da Polônia, eleito melhor do mundo pela Fifa nos dois últimos anos, pouco viu a bola. Mas, sim, Wojciech Szczesny. Escrever é difícil, pronunciar também, fazer gol nele mais ainda.
Espalmou o chute de Messi. Evitou o golaço de Di Maria e ainda elogiou a cobrança perigosa de escanteio. Só que, nesse lance, o paredão polonês acertou rosto de Messi e, com a ajuda do vídeo, o árbitro marcou o pênalti.
Cara a cara, vilão e mocinho, mocinho e vilão depende da escolha do público. E o camisa 1 seguiu invicto, sem levar gols, defendendo o segundo pênalti nessa Copa.
Um primeiro tempo de 14 finalizações argentinas, sendo nove defesas de Szczesny, contra apenas uma da Polônia.
A agonia do 0 a 0 só não era maior porque as duas seleções estavam se classificando, até então. No outro jogo, México e Arábia Saudita também empatavam sem gols.
Para a Argentina, a vaga ficou mais perto quando, finalmente, o goleirão adversário foi batido, logo no primeiro ataque do segundo tempo. Cruzamento de Molina para um chute um tanto desajeitado de Macallister. A bola bateu nas duas pernas do meio-campo.
A Argentina respirava, a Polônia prendia a respiração. Dois gols, de Martín e Chávez, em pouco tempo renovavam a esperança mexicana. Ainda mais quando, em uma bela trama do ataque argentino, Enzo Fernández deixou Julián Álvarez em ótima posição para ampliar: 2 a 0.
Estes resultados classificavam a Argentina em primeiro lugar e levavam a decisão da segunda vaga, entre México e Polônia, que estavam empatados em todos os critérios, para um inusitado desempate no número de cartões amarelos com vantagem para os poloneses. Foi então que uma outra seleção não tinha tido muito destaque nesta noite pôs o ponto final na história.
O gol de Al-Dawasari, para a eliminada Arábia Saudita, confirmou a vaga que estava sendo disputada entre México e Polônia a favor dos poloneses, que agora enfrentam a França. Os derrotados de um jogo acabaram festejando.
O goleiro Szczesny acredita que a sorte está do lado deles, que mesmo sem jogar um futebol bonito, eles atingiram o objetivo de avançar para as oitavas. E os vencedores, velhos protagonistas, das Copas do Mundo, comemoraram também. Terão a Austrália pela frente. Para o ator principal da Argentina, ainda haverá novas cenas de um próximo capítulo.