Especialista da UFDPAR faz alerta em relação aos animais.
Por G1
Banhistas flagraram a presença de três animais, possivelmente tubarões, no mar da Praia do Atalaia e do Coqueiro, em Luís Correia, no litoral piauiense. O vídeo começou a circular nas redes sociais nessa quinta-feira (3) e assustou turistas e banhistas que frequentam o local.
No vídeo, é possível perceber a presença de três animais que possuem barbatanas parecidas com as de tubarões bem próximos da orla. Banhistas que filmaram os animais se surpreenderam com a proximidade e a quantidade dos animais.
Segundo Cezar Fernandes, professor do curso de Engenharia de Pesca da Universidade Federal do Delta do Parnaíba (UFDPar), a aparição de tubarões no litoral de Luís Correia é bastante comum.
O educador disse que relatos de pescadores, surfistas e mergulhadores sobre presença dos animais são regulares ao longo do ano. Contudo, não é comum a visualização dos animais por turistas, por isso a surpresa por quem registrou as imagens.
“Não dá para confirmar por causa da qualidade das imagens, que é baixa. Pode ser qualquer outro organismo aquático, mas é possível sim que seja um tubarão”, afirmou o professor.
No entanto, o professor enfatizou que não há motivo para pânico. “Não é algo para se causar terror, pois são animais do topo da cadeia alimentar e se temos a presença deles por aqui significa um equilíbrio da natureza”, explicou.
Ainda de acordo com o professor, algumas espécies de tubarões se aproximam da região costeira para desovar e permanecem no local para cuidar dos seus filhotes. “Claro que a presença de qualquer tubarão cria um certo temor e isso acaba ecoando para a população”, disse.
“A aproximação desses animais varia muito de cada espécie, pois existem várias espécies que habitam essa região costeira para desovar e, depois disso, continuam nessa região para cuidar dos seus filhotes”, informou Cezar Fernandes.
Cuidados e orientações aos banhistas
Conforme o professor, os banhistas devem ficar atentos para evitar qualquer risco de acidentes e, se for necessário, pedir um reforço nas equipes de monitoramento para orientar em casos de novas aparições.
“Claro que se você estiver nadando próximo do animal quando ele estiver se alimentando de peixes menores ele pode acabar atacando, mas por acidente e não de forma intencional. Caso o banhista presencie é indicado que ele saia da água. É preciso ter cuidado”, pontuou o educador.