Bolsonaro questiona Toffoli do STF e pede redução de medidas restritivas em relação ao COVID-19.

FOTO: Reprodução/Facebook

Nesta quinta-feira (07), Bolsonaro ao atravessar a Praça dos três poderes, em Brasília, junto com ministros e empresários, foi em direção ao Supremo Tribunal Federal (STF), ao encontro de Dias Toffoli.

Em visita não agendada o presidente se reuniu com Toffoli  deixando-o com ‘saia justa‘. E fez apelo as medidas restritivas no Estado que sejam amenizadas, medidas estas adotadas devido a crise do coronavírus. E que assinou um decreto para ampliar as atividades essenciais.

O magistrado Toffoli em sua defesa disse que a pandemia do coronavírus exigiu medidas restritivas, como a do isolamento social, recomendadas pelas autoridades de saúde, inclusive recomendações da Organização Mundial de Saúde (OMS). E sugeriu que ações sejam coordenadas entre a União, Estados e Municípios. E que já foi decidido que prefeitos e governadores tem autonomia em seus Estados e Municípios respectivamente, no enfrentamento da pandemia.

Depois o presidente falou que a crise causada pelo coronavírus levou “aflições” a empresários em razão do desemprego e da economia “não mais funcionar”. O objetivo da nossa vinda aqui é que nós não sabemos do problema do vírus, que devemos ter todo o cuidado possível, preservar vidas, em especial daqueles mais em risco. E tem um problema que vem cada vez mais nos preocupando. Os empresários trouxeram essas aflições a questão do desemprego, a questão da economia não mais funcionar. O efeito colateral do combate ao vírus não pode ser mais danoso que a própria doença declarou.”

Bolsonaro disse ainda que: “Chegou a um ponto que a economia fica muito difícil de recuperar. Nós, chefes de poderes, temos que decidir. O Toffoli sabe que, ao tomar decisão, de um lado ou de outro, vai sofrer crítica.”

Em resposta Toffoli falou: “Temos uma Constituição que garante competências específicas para entes federados e foi isso que o STF decidiu, mas sempre respeitando competência da União, nacionais, de orientação nas atividades essenciais, de transporte, produção. Peso que essa coordenação é fundamental para esse tipo de planejamento neste momento difícil.”

A visita de Bolsonaro não estava previsto na agenda do (STF), segundo procuradora e assessora do Tribunal.

Edição: Marcos Ranyere Portela da Cunha.

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