Com segundo dia de elevado número de casos, país já soma 2.289.951 de infecções confirmadas, mostra consórcio de imprensa
Por Folha de São Paulo
O Brasil registrou 1.317 novas mortes por Covid-19 e 58.080 casos da doença, nesta quinta (23). O país já soma 84.207 óbitos e 2.289.951 infecções confirmadas.
Os dados são fruto de coloboração inédita entre Folha, O Estado de S. Paulo, Extra, O Globo, G1 e UOL para reunir e divulgar os números relativos à pandemia do novo coronavírus. As informações são coletadas diretamente com as Secretarias de Saúde estaduais. O balanço é fechado diariamente às 20h.
Além dos dados diários do consórcio, a Folha também mostra a chamada média móvel. O recurso estatístico busca dar uma visão melhor da evolução da doença, pois atenua números isolados que fujam do padrão. A média móvel é calculada somando o resultado dos últimos sete dias, dividindo por sete.
O volume registrado às segundas tende a ser baixo, porque laboratórios têm atividade menor aos fins de semana. Já a média móvel para a segunda-feira considera também os dados dos seis dias anteriores, uma informação mais estável.
De acordo com os dados coletados até as 20h, a média de mortes nos últimos sete dias é de 1.055.
O Distrito Federal teve o seu segundo dia mais letal, com 42 mortes. O recorde é de 46 óbitos, na última terça (21). O DF já soma 1.112 vidas perdidas.
Além disso, os estados do Sul continuam com números elevados de mortes, com recordes recentes. O Paraná, por exemplo, teve o segundo dia mais letal da pandemia, com 59 mortes. O recorde, 71 óbitos, ocorreu na quarta (22). O estado já tem 1.526 mortos.
O Rio Grande do Sul, com 59 mortes nesta quinta, já soma 1.456 óbitos.
Por fim, Santa Catarina registrou 47 mortes e soma 812 óbitos.
São Paulo continua como o estado com mais mortes registradas no dia, 362. Com isso, o estado já soma 20.894 óbitos.
O Rio de Janeiro é o segundo estado com mais mortes, 92 e um total de 12.535.
O Brasil tem uma taxa de cerca de 40,2 mortos por 100 mil habitantes. Os Estados Unidos, que têm o maior número absoluto de mortos, e o Reino Unido, ambos à frente do Brasil na pandemia (ou seja, começaram a sofrer com o problema antes), têm 44,1 e 68,7 mortos para cada 100 mil habitantes, respectivamente.
Na Argentina, onde a pandemia desembarcou nove dias mais tarde que no Brasil e que seguiu uma quarentena muito mais rígida, o índice é de 5,9 mortes por 100 mil habitantes.
O Brasil voltou a ultrapassar a marca de 1,3 mil mortes em decorrência do novo coronavírus, em um intervalo de 24 horas, com o registro de 1.311 mortes, segundo boletim divulgado pelo Ministério da Saúde nesta quinta-feira (23). Com isso, o total de óbitos chegou a 84.082.
O país também registrou 59.961 novos casos de infecção pela Covid 19, elevando o total de casos confirmados para 2.287.475.
A iniciativa do consórcio de veículos de imprensa ocorre em resposta às atitudes do governo Jair Bolsonaro (sem partido), que ameaçou sonegar dados, atrasou boletins sobre a doença e tirou informações do ar, com a interrupção da divulgação dos totais de casos e mortes. Além disso, o governo divulgou dados conflitantes.