Ciro Nogueira PP, cogitou que a decisão seria uma retaliação dos banqueiros por causa da criação do PIX
O Dia
Após banqueiros assinarem uma carta articulada pela Faculdade de Direito da Universidade de São Paulo (USP) em defesa da democracia, o ministro-chefe da Casa Civil, Ciro Nogueira, cogitou que a decisão seria uma retaliação dos banqueiros por conta da implantação das transações por PIX pelo governo Bolsonaro, que teria causado um prejuízo de R$ 40 bilhões no lucro dos bancos.
“Então, presidente, se o senhor faz alguém perder 40 bilhões por ano para beneficiar os brasileiros, não surpreende que o prejudicado assine manifesto contra o senhor”, escreveu Ciro Nogueira no Twitter nesta terça-feira (26/07) ao acrescentar que a autonomia do Banco Central foi outra medida apoiada pela base do governo que contrariou os banqueiros.
Ciro Nogueira fez referência ainda aos governos do Partido dos Trabalhadores ao escrever que anteriormente o BC seria usado para atender os interesses do Palácio do Planalto e que os banqueiros ficavam reféns do governo devido supostas perseguições do presidente da República.
Sabe porque os banqueiros hoje podem assinar cartas inclusive contra o presidente da República, ao invés de se calarem com medo dos congelamentos de câmbio do passado? Porque hoje, graças ao desprendimento do poder do Senhor (Bolsonaro) e à visão de país do ministro Paulo Guedes, o Brasil passou a ter um Banco Central independente. Antes, o Banco Central podia ser o chicote ou o bombom dos governos para os banqueiros, complementou.
De acordo com o Estadão, a carta já possui cerca de 3 mil signatários, entre eles estão Roberto Setubal e Candido Bracher (Itaú Unibanco), representantes da indústria como Walter Schalka (Suzano) e de empresas de bens de consumo como Pedro Passos e Guilherme Leal (Natura) e ainda Eduardo Vassimon (Votorantim), Horácio Lafer Piva (Klabin).