Confira as principais declarações da médica Luana Araújo à CPI da Covid

Luana Araújo – dispensada do Ministério da Saúde depois de apenas dez dias de trabalho e totalmente contrária à tese.

Médica Luana Araújo, em depoimento na CPI da COVID. Reprodução/ TV Globo

Por Estadão

Um dia depois de a médica Nise Yamaguchi ser ouvida na CPI da Covid e defender diante dos senadores o chamado tratamento precoce contra covid-19, a infectologista Luana Araújo – dispensada do Ministério da Saúde depois de apenas dez dias de trabalho e totalmente contrária à tese -, foi ouvida na sessão desta quarta, 2, e seu depoimento serviu, como os parlamentares mesmo classificaram, como uma aula de ciências. E bastante didática. Veja um resumo das principais declarações:

“Ciência não tem lado. Ou ela é bem feita ou mal feita” (fala em discurso inicial)

“Pleiteei autonomia, não insubordinação” (sobre possível entrada na Secretaria Extraordinária de Enfrentamento à covid-19)

Médica Luana Araújo, em depoimento na CPI da COVID. Reprodução

“O ministro me chamou e disse que lamentavelmente meu nome não foi aprovado” (sobre sua dispensa após dez dias de trabalho)

“Não temos opinião, mas evidências, e elas são claríssimas, transparentes. Somos a favor de uma terapia precoce que exista. Quando ela não existe, não pode se tornar uma política de saúde pública” (sobre eficácia do tratamento precoce)

“Essa é uma discussão delirante, esdrúxula, anacrônica e contraproducente” (sobre eficácia do tratamento precoce)

“Quando disse, há um ano atrás, que estávamos na vanguarda da estupidez mundial, eu, infelizmente, ainda mantenho isso em vários aspectos” (sobre eficácia do tratamento precoce)

“É como se estivessemos discutindo de que borda da Terra plana vamos pular. Não tem lógica” (sobre eficácia do tratamento precoce)

Médica Luana Araújo, em depoimento na CPI da COVID. Reprodução/tv senado.

“Não é porque se mata coronavírus no micro-ondas que pedir para paciente entrar no forno” (sobre eficácia do tratamento precoce)

“A nossa vida seria mais fácil e feliz se isso (cloroquina) funcionasse; infelizmente, não tem (eficácia)” (sobre eficácia do tratamento precoce)

Médica Luana Araújo, em depoimento na CPI da COVID. Reprodução/tv senado.

“Deve estar faltando informação de qualidade, porque quando se tem a informação, não é um comportamento que a gente espera que aconteça. A mim, me dói” (sobre diversas declarações e comportamentos do presidente Jair Bolsonaro ao longo da pandemia)

“Se cada um diz uma coisa, em quê acredito?” (sobre orientações divergentes sobre a pandemia)

“Existe dificuldade de entender a diferença entre abordagem e tratamento precoce. A abordagem é o acesso ao diagnóstico imediato, e há dificuldade nesse sentido” (sobre o que se considera tratamento precoce)

“É assim (com a vacinação) que a gente atinge uma imunidade de rebanho. Não posso imputar sofrimento e morte a uma população com uma imunidade de rebanho” (sobre a tese de rebanho)

Médica Luana Araújo, em depoimento na CPI da COVID. Reprodução/tv senado.

“(Copa América no Brasil) é um risco desnecessário para se assumir neste momento” (sobre decisão do governo federal de receber a competição)

“Autonomia médica faz parte da nossa prática, mas não é licença para experimentação” (sobre tratamento precoce)

Médica Luana Araújo, em depoimento na CPI da COVID. Reprodução/tv senado.

Compartilhe esta notícia!

Deixe uma resposta

O seu endereço de e-mail não será publicado. Campos obrigatórios são marcados com *

pt_BRPortuguese