Criança internada no HUT após envenenamento em Parnaíba, fica com sequela no cérebro, diz mãe

Ele e o irmão, que faleceu, foram envenenados por uma vizinha na cidade de Parnaíba, litoral do Piauí. Ulisses apresenta melhoraras, apesar da sequela 

Francisca Maria da Conceição Silva, mãe dos garotos envenenados em Parnaíba. Foto: J. Marcos/Folha do Delta

Ulisses Gabriel Silva, de 8 anos, internado no Hospital de Urgência de Teresina (HUT) apresentou melhoras, mas está com uma pequena sequela no cérebro que compromete sua movimentação, disse a mãe, Francisca, ao A10+ nesta terça-feira (1º). O pequeno está na unidade de saúde desde 22 de agosto após ter sido envenenado por uma vizinha na cidade de Parnaíba, litoral do Piauí.

Graças a Deus ele está melhor. Ele só estava dando febre, aí disseram que iriam trocar o antibiótico dele. Trocaram acesso, botaram um na perna dele, na coxa. Ela disse que vai esperar melhorar a postura dele, para ele se ajeitar. Nos exames que ele fez deu tudo ok, contou.

Ela explica também que a postura de Ulisses está temporariamente comprometida, por conta de uma sequela no cérebro, mas que após melhora ele pode ser transferido para outro setor do hospital. “Ele ficou com sequela na cabeça e está até rígido, ele fica todo tortinho, parecendo um S, aí vão esperar só ele melhorar a postura, que é para ele poder subir”, explica.

O irmão de Ulisses, João Miguel Silva, de 7 anos morreu dia 28, após passar cinco dias internado.  Ele também veio para Teresina em estado grave, mas morreu cinco dias depois. Na ocasião, o Hospital de Urgência de Teresina abriu um protocolo de morte encefálica do garoto.

Os dois irmãos passaram mal em uma residência no Conjunto Dom Rufino 2, bairro Primavera, na cidade de Parnaíba, litoral do Piauí, na semana passada sob suspeita de terem consumido um veneno supostamente dado por uma vizinha.

De acordo com o perito Antônio Nunes, os corpos absorveram as substâncias tóxicas e as crianças teriam sentido salivação, ausência respiratória, taquicardia, tremores, abalos e diarreia. Após a morte de João Miguel, exames constataram a presença de danos pretos no estômago. Além disso, a equipe analisa a hipótese de o material usado no envenenamento ter sido chumbinho, cuja compra e venda é proibida pela legislação brasileira.

Fonte: Portal A10+

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