Em Gaza, alguns celebraram a volta dos combatentes, e outros se preparam para a resposta de Israel

Enquanto parte dos palestinos se reúne para receber combatentes, outra parte foi ao mercado para abastecer a casa

Palestinos exibem bandeira em cima de tanque de Israel destruído enquanto muitos celebram a volta dos combatentes na Faixa de Gaza. Foto: AP Photo/Yousef Masoud

Estadão

The New York Times – As cenas eram de celebração na Faixa de Gaza, quando os combatentes voltaram ao enclave costeiro após os ataques que atingiram o sul de Israel de surpresa, mostram fotos e vídeos postados nas redes sociais.

Relatos não confirmados de Gaza indicam que israelenses haviam sido levados para lá, e não se sabe se estão vivos. Os vídeos mostram o que seriam pessoas capturadas — vivas e mortas — e veículos militares.

Os palestinos na Faixa de Gaza vivem sufocados há 16 anos pelo bloqueio terrestre, aéreo e marítimo imposto por Israel e apoiado pelo Egito. Isso levou a uma taxa de desemprego de 50% e deterioração das condições de vida, fornecimento de medicamentos e infraestrutura. Mais de 2 milhões de palestinos vivem lá.

Alguns moradores se reuniram ao longo da fronteira norte para celebrar a volta dos combatentes palestinos de grupos armados que lançaram o ataque surpresa, incluindo Hamas e a Jihad Islâmica.

“É uma grande surpresa para o nosso povo em Gaza, o nosso povo na Cisjordânia e o nosso povo em Jerusalém”, disse Ahmed Amro, morador de Gaza de 19 anos, enquanto via as pessoas se dirigindo para o norte da Faixa de Gaza para celebrar a volta dos combatentes.

Referindo-se aos ataques periódicos israelenses ao complexo da Mesquita Aqsa em Jerusalém e ao aumento do culto judaico no local, que é sagrado para muçulmanos e judeus, ele acrescentou: “Isso foi uma surpresa para libertar a Mesquita Aqsa das violações da ocupação”.

Muitas outras pessoas em Gaza acorreram aos supermercados e lojas para se abastecer na manhã de sábado, temendo a resposta israelense. As aulas nas escolas foram suspensas em toda a Faixa de Gaza e os estudantes foram mandados para casa.

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