EUA estudam nova sanções contra a China: ‘Divisão como na Guerra Fria’

EUA vai manter linha dura contra a China.

Ações seriam uma resposta à China após pressão asiática sobre a Austrália. Foto: Xinhua

Por Canalrural

Autoridades do governo do presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, dizem que estão pressionando por novas medidas “linha dura” contra Pequim, mesmo com Trump encerrando seus últimos dois meses de mandato.

O esforço mais ambicioso seria criar uma aliança informal de nações ocidentais para retaliar em conjunto quando a China usar seu poder comercial para coagir países, dizem autoridades do governo. Elas afirmam que o plano foi deflagrado pela pressão econômica chinesa sobre a Austrália, depois que o país pediu uma investigação sobre as origens da pandemia da Covid-19.

“A China está tentando obrigar os países à submissão por meio de flagrante coerção econômica”, disse uma autoridade sênior. “O Ocidente precisa criar um sistema de absorção coletiva de punições econômicas da diplomacia coercitiva da China e compensar o custo”.

Sob o plano de retaliação conjunto, quando a China boicotar as importações, as nações aliadas concordariam em comprar os bens ou fornecer compensações. Alternativamente, o grupo pode concordar em avaliar em conjunto tarifas sobre a China para o comércio perdido.

As autoridades do alto escalão reconheceram que as novas medidas enfrentam o obstáculo de um declínio da administração de Trump. Caso tenham sucesso, eles também precisam que a nova administração de Joe Biden endosse o esforço e o leve adiante.

Também está longe de ser certo que outras nações, dependentes do comércio da China, gostariam de aderir a um grupo que visa a prejudicar Pequim – ou que pode depender de tarifas, o que prejudica os consumidores domésticos.

As autoridades disseram que estavam entrando em contato com democracias ocidentais, mas não disseram quais. “Esta seria uma divisão do mundo semelhante à Guerra Fria”, disse Eugene Gholz, especialista em segurança nacional da Universidade de Notre Dame. “Esperamos que (a China) se comporte mal, por isso vamos preparar a defesa.”

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