Fiocruz deverá importar mais 10 milhões de doses de vacinas contra covid prontas.

A matéria-prima vinda da China só deverá estar à disposição da fundação na segunda semana de fevereiro.

© DANIEL TEIXEIRA/ESTADAO Vacinas importadas da Índia chegaram nesta sexta-feira ao Aeroporto de Cumbica, em Guarulhos.

Por Estadão

A Fundação Oswaldo Cruz (Fiocruz) pretende importar mais 10 milhões de doses de vacinas prontas como forma de contornar o atraso da chegada dos insumos para a produção da vacina da Oxford no Brasil. Prevista inicialmente para chegar ao País ainda este mês, a matéria-prima vinda da China só deverá estar à disposição da fundação na segunda semana de fevereiro.

As 10 milhões de novas doses se juntarão aos dois milhões que chegaram da Índia na sexta-feira, 22, e que já foram encaminhadas aos Estados. O novo lote do imunizante ainda está em negociação, e por isso ainda não há uma data definida de quando ele chegará ao Brasil.

A falta de vacinas é um desafio para a campanha de imunização no País. Apesar de a previsão mais recente apontar que a chegada dos insumos à Fiocruz aconteça a partir de 8 de fevereiro, a fundação só poderá liberar as vacinas cerca de três semanas depois, já que existe a necessidade de se fazerem testes.

A Fiocruz espera produzir as primeiras doses, ainda com matéria-prima importada, em março. A partir de abril, a fundação deve começar a produzir o Insumo Farmacêutico Ativo (IFA), substância que confere a atividade farmacológica à vacina, sem a qual não há imunizante. A previsão é fabricar 100,4 milhões de doses até julho. No fim do ano, devem ser produzidos mais 110 milhões.

Ao longo da última semana, a gestão Jair Bolsonaro e o ministro das Relações Exteriores, Ernesto Araújo, foram alvo de críticas pela dificuldade em negociar com os países asiáticos – China e Índia – a liberação desses insumos. No caso da Índia, a busca das vacinas atrasou uma semana. O Brasil ainda aguarda o despacho dos insumos pela China.

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